Campori conecta 2.600 Desbravadores ao Criador
20º edição do acampamento teve a presença de 85 clubes formados por desbravadores apaixonados pelo lenço amarelo
Araranguá, SC... [ASN] Foi encerrado neste domingo, 5 de novembro, o XX Campori de Desbravadores da Igreja Adventista no centro sul de Santa Catarina (Associação Catarinense – AC). Foram cinco dias com muitos convidados especiais, louvores e pregações. Mas grande destaque foi o envolvimento deles, aqueles que têm “triângulos” correndo pelas veias: os próprios desbravadores. Foram 2.600 participantes, representando 85 clubes, e que participaram ativamente de uma conexão direta com Deus.
Jovens participantes como Álvaro Martins, de Garopaba. Desbravador dos 13 aos 16 anos, sua vida tomou outro rumo e ele andou distante dos caminhos de Deus. Aos 29 anos, visitando a Igreja Adventista depois de muito tempo, viu o pregador tirar o terno e mostrar por baixo o uniforme dos desbravadores. Emocionado, a partir dali, voltou a estudar a bíblia e foi batizado no ano seguinte. “Logo virei instrutor do clube local e neste Campori fui investido em Líder Master”, explica Alvaro. “A investidura é apenas uma simbologia do esforço alcançado. Mas o maior sentido é guiar os jovens aos pés da cruz”, acrescenta.
Outro destaque do Campori foi Vanderlei Luiz dos Santos, de Brusque. Mesmo com deficiências físicas e mentais, não houve obstáculo que o deixasse fora do evento. “Por mais que ele tenha alguma deficiência, ele mostra o valor que ele tem. A gente vê o prazer que ele sente ao estar no clube”, explica Jocemar Evangelista, diretor associado. Vanderlei é o único adventista da família e como não consegue ler, seus amigos o ajudam. “Eu me considero amigo de todo mundo. Eu gosto de ir no clube todo o domingo e participar da igreja. É muito bom ter amigos como os que tenho no clube”, comenta.
Atualmente ele tem 10 especialidades e serve de exemplo no clube. “O Vanderlei é muito importante para nós. E todo mundo ama ele. Ele é muito especial porque ele é nosso amigo. Ele é nossa inspiração”, comenta Alice Evangelista, conselheira do clube Brilhante, de Brusque.
Por fim, houveram 30 batismos. Desbravadores com as mais diversas histórias que foram motivados a tomarem essa decisão através de seus clubes. Histórias com realidades diferentes. Por exemplo, para o juvenil Samuel Lopes, do clube Asas da Alvorada de Içara, seu desejo de ser batizado resultou na alegria de se entregar a Cristo, mas também de ser parecido com o seu pai: “Papai, finalmente nós somos irmãos!”.
E para Felipe Cândido, de 13 anos, sua decisão influenciou sua mãe. Único adventista na família, ele conheceu os Desbravadores através de um amigo em outra cidade. Ao chegar em Araranguá, encontrou o clube Asas Douradas, estudou a Bíblia e ao decidir ser batizado no Campori, sua mãe quis saber mais sobre o assunto: “Os desbravadores são no mínimo uma grande ferramenta de formação humana, além de ser divino. Ele se identificou e decidi também estudar a Bíblia para entender a decisão dele”, explica Luciane Cândido, que tem aprendido sobre a palavra de Deus atualmente.
“Os Desbravadores é um dos ministérios que mais planta a semente do evangelho nas pessoas. Desde as crianças até os familiares. A semente é plantada e o Espírito Santo irá trabalhar no coração das pessoas um dia. Fico feliz que esse Campori conectou Deus no coração de muitas pessoas. E obrigado a todos os envolvidos, essas pessoas que amam usar o lenço amarelo ”, conclui o pastor Joel Morais, departamental de Desbravadores na região centro sul de Santa Catarina. [Equipe ASN – Daniel Gonçalves]