Campanha estimula doação de sangue e estilo de vida saudável
O tema do projeto Vida por Vidas 2016 é O bom sangue é feito de bons hábitos
Brasília, DF…[ASN] Nilton Mendonça, auxiliar contábil, tinha medo de doar sangue, mas incentivado por um grupo de jovens adventistas da Igreja do Guará, em Brasília, decidiu vencer a apreensão e passou a ser um doador. Segundo ele, muitas vezes na própria família há parentes que necessitam de determinado tipo de sangue, mas falta. “A gente se prontificar é uma atitude muito proativa, pensando nos outros”.
O jovem foi estimulado a doar a partir do projeto Vida por Vidas, que tem o objetivo de incentivar a doação de sangue de forma espontânea e habitual e, assim, suprir a necessidade dos estoques de sangue nos hospitais e hemocentros. O projeto é desenvolvido nos oito países que compõem a sede da Igreja Adventista na América do Sul: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai.
A iniciativa voluntária promovida pelos Jovens Adventistas ganha destaque na mídia em diversas regiões por onde ocorrem as doações, inclusive pelo fato de os bancos de sangue terem atingido seus limites de estoque. A jovem Marilza Lima, assistente de seguros, aderiu à campanha e já doou duas vezes. Para ela, “o ato é uma forma de contribuir para a continuação da vida de outro ser”.
Neste ano, o tema do projeto Vida por Vidas é O bom sangue é feito de bons hábitos. De acordo com o líder dos jovens adventistas na América do Sul, pastor Carlos Campitelli, os adventistas têm um estilo de vida saudável e diferenciado, o que garante a qualidade do sangue doado.
“Ao mesmo tempo em que se pretende estimular a doação queremos também apresentar a mensagem de saúde da Igreja Adventista, que recomenda oito maneiras de cuidar da saúde e se manter saudável”, explica.
Dia Mundial do Doador de Sangue
A campanha ganha mais força justamente no mês em que é celebrado o Dia Mundial do Doador de Sangue, 14 de junho. A data foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2004, com o objetivo de homenagear e agradecer a todos os doadores que ajudam a salvar vidas diariamente.
Segundo a OMS, na última década, a doação voluntária de sangue no mundo aumentou. Cerca de 108 milhões de doações são recolhidas no mundo inteiro. Mais da metade delas são coletadas em países com alta renda, que abrigam 18% da população mundial.
No Brasil, os números ainda são tímidos, mas mesmo assim, dados do Ministério da Saúde apontam que o país atende a recomendação da OMS, de que pelo menos 1% da população seja doadora. Em 2014, a taxa de doação de sangue para cada mil habitantes no Brasil foi de 18,49%, ou seja, 1,8%. O ideal, segundo a OMS, é de que 3% a 4% da população doe com frequência.
Em relação às coletas de sangue, entre 2013 e 2014, houve um aumento de 4,4%, passando de 3,58 milhões para 3,74 milhões, informa o governo brasileiro. Ainda assim, são importantes a manutenção e a ampliação permanente das doações, já que a disponibilidade é essencial para os atendimentos de urgência, a realização de cirurgias eletivas de grande porte e o tratamento de pessoas com doenças crônicas, além das oncológicas que necessitam de transfusão frequentemente.
Doe sangue
Para ser doador é preciso ter entre 18 e 65 anos de idade, gozar de boa saúde, estar alimentado, pesar acima de 50 quilos, ter dormido pelo menos 6 horas na noite anterior, não ter feito exercícios físicos antes da doação, não ter colocado piercing ou feito tatuagem nos últimos doze meses e não fumar duas horas antes da doação. Caso tenha doado sangue recentemente, o doador deve esperar no mínimo 60 dias (homem) ou 90 dias (mulher) para realizar novamente o procedimento, não ingerir bebida alcoólica 24 horas antes da doação, e que já se tenha passado 90 dias do parto normal e 180 dias da cesariana ou aborto.
Não podem doar gestantes, pessoas com doença de chagas ou contato com o inseto barbeiro, portadores de hanseníase, malária, ou que tenham visitado região de malária nos últimos 6 meses, que tenha ou tenha tido hepatite depois dos 10 anos de idade, portadores de sífilis ou epiléticos, usuários de drogas, pessoas com gripe, febre ou que estejam fazendo uso de medicamentos, e mulheres que estejam amamentando, a menos que o parto tenha ocorrido há mais de 12 meses. [Equipe ASN, Silaine Bohry]
Veja o vídeo promocional do projeto Vida por Vidas 2016.