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Campal do Centenário torna-se patrimônio histórico, religioso, cultural e imaterial do município de Maués

Acampamento realizado anualmente no berço do Adventismo no Amazonas, agora é patrimônio do município, conhecido como a terra do Guaraná.


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A Campal do Centenário completa este ano 25 anos de existência e recebeu o título de Patrimônio Histórico, Cultural, Religioso e  Imaterial da cidade de Maués. Para o presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia, para o Norte do Amazonas e Roraima, pastor Tiago Ferreira, trata-se de um momento histórico. “Estamos muito felizes com essa homenagem, é uma alegria ver um trabalho de anos de dedicação de um povo fiel a Deus, que prepara cada detalhe do que vivemos aqui, é realmente o reconhecimento da cidade para com a igreja, e isso nos mostra que estamos cumprindo nosso papel”, conta o líder.

Placas de homenagem foi posta em frente a 1ª Igreja, hoje Museu Adventista (Foto: Henrique Rodrigues)

A cerimônia de homenagem foi realizada durante a campal e contou com a presença de autoridades políticas da cidade, com vereadores, líderes da IASD e convidados, além dos mais de 1.500 acampantes que mais uma vez lotaram a fazenda centenário.

A iniciativa de tornar a Campal do Centenário Patrimônio foi do vereador Adauto Lopes da Silva, PSD, segundo ele uma maneira de valorizar a história e manter o legado dos nossos pioneiros. “Para tanto temos em nosso calendário eclesiástico ‘a Campal do Centenário’, um evento religioso organizado pela Igreja Adventista de Maués em conjunto com a AAmaR, sede administrativa da igreja para a nossa região”, declara o vereador, no documento enviado para Câmara de vereadores da cidade, que aprovou por unanimidade a honraria.  

Líderes da Igreja e autoridade política (Foto: Henrique Rodrigues)

Histórico:

A Campal do Centenário é uma das mais antigas e tradicionais campais do Amazonas.

Já a Fazenda Centenário guarda a memória do início do adventismo no Norte do Brasil, foi no município de Maués, distante 258 km de Manaus, a primeira cidade do Amazonas a receber  a mensagem bíblica, por meios de dois missionários colportores André Gedrath e Hans Mayr que chegaram em 1927 vindos dos Estados Unidos.

Os americanos chegaram ao Amazonas de canoa e desbravaram os rios e chegaram a Fazenda Centenário, onde deixaram literaturas bíblicas e lições da escola sabatina. O percurso é realizado até hoje marcando o inicio da campal, como forma de homenagem e relembrar os pioneiros.

Fazenda Centenária reúne milhares de pessoas todos os anos, há 25 anos, no interior do Am.

Um ano depois, os missionários voltaram e encontraram a família Michiles e os funcionários da fazenda guardando o sábado e estudando a mesma lição da escola sabatina há um ano, os missionários então voltaram a Belém para buscar um pastor para realizar o primeiro batismo em 1929. E foi ali no ano seguinte foi erguido a primeira Igreja Adventista do Sétimo Dia, que hoje se prepara para se tornar um museu do Adventismo no Amazonas.

Avanço

Não demorou muito para a mensagem sair da Fazenda Centenário e ganhar Maués, que hoje possui 45 congregações. E mensagem se espalhou no Amazonas, atualmente mais de mil igrejas em todo o estado, alcançou o estado vizinho, Roraima.

Igreja do Centenário em dias de programação na Campal (Foto: Myro Xavier)

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