Bullying: De que lado você está? – Projeto conscientiza alunos para combater o bullying na escola
Com ações práticas e conscientização, os alunos estão prontos para mudar a cultura do bullying em sua escola e comunidade.
Recentemente, a questão do bullying ganhou destaque não só nas escolas, mas também nas casas, como ficou claro em uma recente mobilização realizada no Colégio Adventista Jardim Leblon, em Campo Grande. Com o objetivo de sensibilizar os alunos para os efeitos negativos dessa prática, o projeto “Bullying: De Que Lado Você Está?” se transformou em um reflexo da realidade enfrentada por muitas crianças e adolescentes em diferentes espaços.
Leia também:
Jovens adventistas impactam Mato Grosso do Sul no Global Youth Day
Podcast aborda o peso da autocobrança entre jovens e universitários
Inspirado no livro da Editora CPB e com o apoio da professora Kellen Rocha, o projeto foi implementado com os alunos do 5º ano, com atividades que promoveram reflexão, debate e ações práticas para combater o bullying em sua escola. Ao longo de um mês de atividades intensivas, a turma não só aprendeu a reconhecer as diversas formas de bullying (verbal, psicológico, físico e virtual), mas também se sentiu capacitada para agir e intervir quando presenciarem qualquer tipo de agressão.
“O bullying é um problema que afeta diretamente a saúde emocional dos estudantes. Por isso, a escola deve ser um espaço para a formação integral, não apenas no aspecto acadêmico, mas também no desenvolvimento de valores e atitudes positivas para a convivência social”, destacou a professora Kellen, que também compartilhou sua visão sobre a importância da conscientização.
A abordagem do projeto não se limitou à teoria, mas trouxe práticas como a criação de cartazes de conscientização e apresentações que envolveram alunos desde a educação infantil até o 7º ano. Esses cartazes, que decoraram os corredores da escola, tinham o intuito de reforçar, com uma linguagem acessível, a necessidade de um ambiente de respeito e empatia entre os alunos.
O Impacto nas Famílias
O impacto do projeto não se restringiu ao ambiente escolar. Amanda Regenold, mãe de Murillo, um dos alunos que participou ativamente da ação, destacou como a iniciativa reforçou as conversas que ela já tinha com seu filho em casa sobre o tema. "Sempre conversamos abertamente sobre bullying em casa, e percebi que meu filho se envolveu muito com a parte prática do projeto. Ele ficou especialmente atento à importância de compartilhar essas informações com os colegas de outras séries", comentou Amanda.
Ela também pontuou a relevância de projetos como esse para a conscientização das crianças e adolescentes, destacando a recente legislação sobre bullying, que considera essa prática como crime. "As crianças e adolescentes precisam entender que o bullying não é apenas uma brincadeira, e que ele pode causar danos reais na vida de quem sofre."
A Reflexão de Murillo
Para Murillo Regenold, a experiência foi transformadora. "Aprendi que o bullying pode fazer muito mal para a pessoa que sofre. Os problemas que a menina enfrentou no livro foram sérios, e ninguém merece passar por isso", disse o aluno, que também relatou a importância de alertar outros colegas sobre os danos dessa prática. "Eu agora sei identificar o bullying melhor e posso ajudar a evitá-lo."
Ao ser perguntado sobre o que diria a um colega que pratica bullying sem perceber o impacto que isso pode causar, Murillo foi direto: "Eu diria que o bullying pode causar danos muito sérios e que, se continuar, pode resultar em problemas legais, porque agora é considerado crime."
Resultados Positivos e Uma Nova Perspectiva
Ao final do projeto, os alunos demonstraram um entendimento significativo sobre o impacto do bullying não apenas para quem o sofre, mas também para toda a comunidade escolar. Com a reflexão promovida pela leitura e debates sobre o tema, foi possível observar uma mudança de atitude nas crianças, que agora se sentem mais preparadas para agir quando presenciam qualquer forma de agressão.
A ação realizada no Colégio Adventista Jardim Leblon é mais um exemplo do compromisso da educação adventista com a formação ética e social dos alunos, buscando não apenas o ensino acadêmico, mas também o desenvolvimento de uma convivência respeitosa e solidária.
