Neste sábado, 5 de outubro, a Associação Rio Fluminense viveu um momento histórico: o Sábado da Educação mobilizou aproximadamente 80% das igrejas do território para celebrar e conscientizar sobre o papel transformador da Educação Adventista. A ação trouxe um resultado que vai além das salas de aula: até o momento, já são 50 batismos contabilizados direta e indiretamente pelas ações da Educação Adventista — e novos batismos ainda acontecem neste fim de semana.

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Entre as histórias que ilustram o poder evangelístico da educação cristã está a de Jacqueline, funcionária de uma escola adventista em Niterói, que foi batizada durante a programação especial na Igreja de Fonseca, onde o pastor Felipe Andrade, presidente da Associação Rio Fluminense, pregou sobre a influência da Educação Adventista.

Jacqueline era membro de outra denominação e, por anos, manteve preconceitos em relação à Igreja Adventista — mesmo sendo casada com um ex-adventista e convivendo com membros da igreja.

“Quando eu entrei no Colégio Adventista, a gente vem com aquele preconceito já concebido. Para mim era uma seita”, confessa. Tudo mudou quando foi contratada para trabalhar na escola adventista em Niterói.

Para Jaqueline, a convivência diária com colegas, professores e alunos foi transformadora. “Todos sempre, quando sabiam que eu era de outra religião, falavam: ‘Você tem certeza? Você tem muita cara de adventista’. E foi muito interessante, porque eu fui conseguindo absorver o melhor de cada um. A dedicação de um no estudo, a perseverança de outro, a fé que está ali mais próximo da administração.”

Ela destaca que nunca sofreu preconceito ou pressão. “Em momento nenhum me senti excluída por ser de outra igreja. Todos me abraçaram como se realmente é um só Deus. Ninguém ficou me empurrando para fazer estudo bíblico, me deram o meu tempo. Foi quando eu quis que eu comecei.”

O divisor de águas

O ponto de virada definitivo aconteceu durante um encontro de lançamento de matrículas em Penedo, em agosto. “Foi um divisor de águas, foi algo tremendo. Palavra de manhã, de tarde, de noite. Eu saí dali alimentada, eu saí dali diferente”, relembra Jaqueline emocionada.

“Teve uma santa ceia que foi algo assim lindo, foi algo que Deus se fez presente do começo ao fim daquele evento. Quando eu saí daquele lançamento de matrículas, eu tinha certeza que eu não era mais a mesma Jaqueline. Eu entrei ali uma Jaqueline assembleiana e saí dali, já convicta, que eu era uma Jaqueline adventista.”

Ela descreve a experiência como um processo de desconstrução e ressignificação. “Várias vezes eu me peguei ressignificando a minha vida, meu pensamento. Coisas que aqui fora eu olhava e não entendia, hoje lá dentro eu entendo e vejo que é o lugar que Deus separou e preparou para mim.”

Nova missão

Agora batizada, Jaqueline tem clareza sobre seu propósito. “Meu maior desejo é continuar servindo a Cristo, crescer em graça, em sabedoria. Meu propósito para essa nova fase é alcançar novas vidas através do meu testemunho, porque caíram muitas escamas dos meus olhos. Eu consegui enxergar muitas coisas que estavam ali na minha frente esse tempo todo, mais de 20 anos de evangélica, de cristã protestante, e eu não enxergava.”

Entre seus objetivos está reconquistar seu esposo para a fé adventista. “Meu esposo foi o primeiro adventista da família e hoje ele está afastado. Eu sei que, de repente, meu propósito também é esse: através da minha vida, do meu testemunho de estar trabalhando ali no lugar onde Deus me usar, pode ser uma forma de trazer meu esposo para Cristo novamente.”

Mobilização no território

A iniciativa do Sábado da Educação nasceu da convicção de que a Educação Adventista não é apenas uma instituição de ensino, mas parte essencial da missão da igreja. Durante todo o sábado, dezenas de pontos de pregação foram estabelecidos simultaneamente em igrejas de todo o território da ARF.

“Organizamos um grande movimento de abrangência territorial, no qual as igrejas foram convidadas a orar pela Educação Adventista, apoiar sua missão e incentivar as famílias a matricularem seus filhos”, explica o pastor Everton Souza, departamental de Educação da Associação Rio Fluminense.

Em cada local, a mensagem foi: a Escola Adventista é a Escola de Deus, criada para os filhos de Deus. Alunos, professores, colaboradores e famílias participaram ativamente das programações, que incluíram apresentações especiais, testemunhos e apelos para que as famílias compreendam a educação cristã como investimento eterno.

Resultados que superam expectativas

Os frutos da mobilização foram imediatos e impactantes. “Os resultados superaram as expectativas: em todos os distritos representados, a mensagem da Educação Adventista foi acompanhada de decisões espirituais”, celebra o pastor Everton. “Tivemos lindos batismos de alunos, professores, colaboradores e famílias que, por meio da experiência com a escola, conheceram a mensagem do Evangelho e decidiram entregar suas vidas a Cristo.”

O Sábado da Educação também marcou o encerramento do Evangelismo da Primavera, reforçando que a Educação Adventista é um dos braços fortes da missão da Igreja.

Para o pastor Felipe Andrade, o sábado foi uma oportunidade preciosa para reafirmar o compromisso da igreja com a missão integral da Educação Adventista. “Esperávamos fortalecer o vínculo entre escola, família e igreja — e esse propósito foi plenamente alcançado. Em cada igreja, vimos alunos participando ativamente, famílias envolvidas e líderes eclesiásticos reconhecendo o papel da escola como extensão do ministério da igreja.”

O resultado mais significativo, segundo o presidente da ARF, foi ver a comunidade compreendendo que a Educação Adventista não é apenas um serviço, mas uma poderosa ferramenta missionária. “A escola forma cidadãos comprometidos com Deus e com a sociedade. Quando a igreja apoia suas escolas, ela está investindo na formação espiritual e no futuro missionário de nossas crianças e jovens.”

Escola e igreja: mesmo propósito

A Educação Adventista busca restaurar no ser humano a imagem do Criador — o mesmo propósito que move o evangelismo, o discipulado e o serviço cristão. “Escola e igreja caminham juntas no mesmo propósito: salvar para servir”, enfatiza o pastor Felipe. “Apoiar a Educação Adventista é, portanto, participar diretamente da missão de Deus na vida das novas gerações.”

O pastor Everton reforça que o apoio da igreja é fundamental para que cada família compreenda essa missão. “Quando a igreja apoia a escola, ela fortalece um espaço onde valores eternos são ensinados diariamente e onde o Evangelho é vivido na prática. Mais do que transmitir conhecimento acadêmico, nossas escolas são instrumentos de salvação.”

Missão contínua

Com 50 batismos já contabilizados e novos batismos acontecendo neste fim de semana, o departamental de Educação reafirma: “Queremos apresentar à igreja e às famílias que existe um Reino dos Céus preparado para todos — e a Escola Adventista está de portas abertas para acolher famílias e conduzir professores, alunos e pais a esse conhecimento.”

A história de Jacqueline é apenas uma entre tantas que comprovam: a Educação Adventista é, de fato, a Escola de Deus cumprindo seu propósito de salvar e transformar vidas. Cerca de 80% do território da Associação Rio Fluminense recebeu a mensagem da Educação Cristã, mostrando que a missão continua forte e ativa em cada canto da região.