Por Ayanne Karoline

“Vó, vó! Vamos para a igreja? Leva a gente!”. As falas se repetiam sábado a sábado. Elas vinham da Alessandra e da Júlia, de 9 e 6 anos, respectivamente. Elas chamavam a avó, Lucimar Ribeiro de Almeida, que mora numa casa em cima da delas. A insistência das meninas incomodou Lucimar por muito tempo.

“ Eu sentia angústia, eu chorava”, lembra Lucimar. Isso porque ela já conhecia a Igreja Adventista há mais de 30 anos, mas, por problemas pessoais, nunca pode assumir responsabilidades. “ Eu pensava que se fosse para ficar só sentada no banco, eu ficaria sentada em casa. Com o tempo, fui esfriando e me afastando”, conta.

Mas, a voz de Deus veio através das duas crianças. As meninas já tinham os pais fora da igreja e estavam dispostas a não perder a avó também. “ Cedi a elas, comecei a levá-las. Nisso, adquiri força, passei a orar a Deus e consegui resolver meu problema”, contou Lucimar.

A avó de Alessandra e Júlia foi batizada. E não só ela, mas o pai e a mãe das meninas também. “ Eu ficava pensando como Deus tinha colocado dois anjos na vida da minha filha, que era irresponsável, bebia e tinha vícios. Mas, hoje eu entendo. Ele colocou essas crianças nas nossas vidas para nos regatar e nos levar para os braços Dele”, afirmou Lucimar.

Hoje, netas e avó têm um compromisso diário com o estudo da Bíblia, lição da Escola Sabatina e as brincadeiras. “ Elas cobram mais de mim do que dos pais e eu amo passar esse tempo com elas. Gosto de lembrar como Deus usou minhas netas para me salvar”, conta.