Canelinha, SC... [ASN] Através dos produtos midiáticos, o mundo recente tem levado ao conhecimento das crianças, uma série de referências sobre atitudes e comportamentos dos chamados super-heróis – aqueles personagens que têm objetivo de salvar alguém ou um grupo de indivíduos das forças do mal.  Na opinião do pastor Otacílio Porfírio, líder que responde pela coordenação do clube de Aventureiros na região centro-sul de Santa Catarina, o estímulo faz com que os pequenos, especialmente, os cristãos, acabem substituindo personagens de postura bondosa e caráter íntegro por aqueles que aparecem na TV e que, hoje, estão disponíveis, inclusive, nas mais diversas ferramentas, plataformas e dispositivos. “A busca por esses personagens imaginários tem tomado o lugar dos verdadeiros heróis - os heróis bíblicos”, analisa.

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Foi a partir desta temática que ocorreu, entre os dias 30 de outubro e 1 de novembro, a décima edição do acampamento de Aventureiros – agremiação semelhante aos desbravadores, mas direcionada a uma faixa etária anterior (6 a 9 anos). O programa "Super Heróis" foi realizado em Canelinha e contou com 800 crianças, além de 100 líderes que atuaram no apoio.  A ideia geral era que elas aprendessem a seguir, de maneira profunda, a pessoa de Jesus Cristo, o verdadeiro herói da humanidade. "A gente não quer crianças imitando o Hulk, o Super-Homem ou o Homem-Aranha. Nós queremos crianças buscando referenciais verdadeiros", defende Porfírio.

Em um dos momentos, no sábado, a palestrante Gabriella Freire, que atua como secretária do departamento de Aventureiros para o Sul do Brasil,  trouxe à  tona, uma apresentação sobre os heróis bíblicos. À tarde, as crianças participaram de uma gincana, na qual era preciso se locomover, passando por "estações" onde pessoas vestidas como os personagens da narrativa bíblica estavam posicionadas. Na última delas, Jesus foi o personagem representado, apontado como o grande herói. Já no período da noite, heróis do presente foram abordados na programação, fazendo referência aos pais, adultos, professores e líderes das crianças.

No fim, os aventureiros foram incentivados a serem heróis de verdade a partir do poder da bondade. “Nem me deu saudade de casa, porque eu gostei bastante do evento e aprendi que Jesus é o meu verdadeiro herói”, relata Emily Goulart dos Santos, que faz parte de um dos clubes de aventureiros de Sombrio, município catarinense.

A reação positiva das crianças em relação ao conteúdo aprendido se torna ainda mais relevante pela constatação de que, pelo menos, 70% das que participaram do evento, não possuem famílias pertencentes à Igreja Adventista do Sétimo Dia – organização na qual está estruturado o clube de aventureiros. O líder da área no território centro-sul catarinense reconhece tal realidade de maneira positiva. “Isso mostra os clubes fazendo a diferença em suas comunidades. São crianças que, talvez, estão tendo o primeiro contato com a mensagem de Jesus e poderão fazer a diferença em suas casas”, ressalta.

Um dos clubes que buscam trabalhar no alcance da comunidade é o Farolzinho da Barra, vinculado a igreja que fica na Barra da Lagoa, em Florianópolis. As ações de aproximação realizadas pelos líderes da agremiação fizeram com que 37 das crianças do clube soubessem da existência dele e passassem a participar. Agora, apenas duas das crianças do clube são adventistas. “Todos os outros [37] são do bairro e isso tem mexido com suas famílias. Quando fazemos programações especiais, como Dia dos Pais, os familiares participam e ouvem sobre o herói de seus filhos, Jesus. É uma semente plantada nesses lugares”, explica o pastor Eliasí Martins, responsável pela igreja onde funciona o clube. [Equipe ASN, Daniel Gonçalves].