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Assistente social se dedica como voluntária em projeto da ADRA há 7 anos

15 de maio é dia do Assistente Social. Conheça a história de Maylena, que através do seu trabalho ajuda pessoas a garantirem seus direitos.


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Através do seu trabalho como Assistente Social voluntária no projeto Casa de Lió, Maylena ajuda pessoas a garantirem seus direitos. (Foto: Evellin Fagundes)

Em 15 de maio é comemorado o Dia do Assistente Social. A data foi escolhida por conta do Decreto 994/62, editado em  15 de maio de 1962, que regulamenta a profissão, essencial para a defesa dos direitos humanos.

A profissão de Assistente Social

Um Assistente Social formado pode atuar em órgãos públicos, empresas privadas ou organizações não governamentais. Entre as muitas atribuições, este profissional pode acompanhar pessoas da comunidade para analisar e intervir em caso de problemas sociais, por exemplo. Também elabora laudos, projetos e relatórios. No Brasil, cerca de 200 mil profissionais estão registrados no Conselho regional de Serviço Social.

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Dentro das atividades que a Igreja Adventista do Sétimo Dia desenvolve, os Assistentes Sociais atuam com mais frequência em projetos sociais e na rede de educação, para regulamentação da concessão de bolsas nas unidades escolares, por exemplo.

Nesta semana de ênfase ao profissional Serviço Social, conheça um pouco sobre Maylena Rios, que há 7 anos doa seu tempo e habilidades como voluntária no projeto Casa de Lió, da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais – ADRA -, em Itabuna, no sul da Bahia. O projeto oferece cursos gratuitos de artesanato e desenvolvimento de outras habilidades.

Entrevista | Uma história de voluntariado

Maylena, o que te motivou a escolher essa profissão?
Uma amiga minha fazia o curso e eu achava interessante quando ouvia ela comentar sobre as aulas e professores. Foi assim que tomei a decisão de ser uma Assistente Social. Isso aconteceu em 2009, no ano seguinte prestei vestibular e iniciei minha vida acadêmica, finalizando o curso em 2013.

Qual a importância que você atribui a esta profissão dentro da sociedade?
Acredito que a existência dos profissionais de Serviço Social é de extrema importância, pois é através deles que o cidadão é orientado sobre seus direitos, como forma de amenizar as desigualdades existentes em nosso país.

E dentro de uma instituição religiosa, como um profissional de assistência social pode colaborar?
Dentro da instituição, da mesma forma buscamos promover o indivíduo à sua autonomia. Falando especificamente de Casa de Lió, nós desejamos que os alunos sejam protagonistas de suas vidas, mesmo muitos deles já estando na fase da “melhor idade”. Acredito que este seja um viés do Serviço Social: empoderar o ser humano.

Através do seu trabalho como Assistente Social voluntária no projeto Casa de Lió, Maylena ajuda pessoas a garantirem seus direitos. (Foto: Evellin Fagundes)

Como conheceu a Casa de Lió e quais motivos a levaram a se tornar uma voluntária na área de Assistência Social?
O projeto Casa de Lió surgiu em minha vida um ano após minha formatura. A inserção no mercado de trabalho estava difícil e, mesmo ainda não sendo cristã na época, fiz um propósito com Deus. Em seguida, meus tios que são adventistas me apresentaram à coordenadora da Casa de Lió, Carla Pitta, logo no início do projeto. Ela me mostrou o espaço do projeto, a dinâmica de trabalho e assim aceitei ser voluntária.

Quais atividades você desenvolve na Casa de Lió? Como é a sua rotina no projeto?
Eu atuo como voluntária na Casa de Lió dois dias por semana, nos demais dias eu tenho vínculos empregatícios em outros lugares para manter minha família. Minha rotina é dinâmica. Por exemplo, quando as inscrições para os cursos são abertas, eu já identifico os alunos que precisam de algum tipo de intervenção. Vamos além do projeto em si.

As intervenções variam das mais simples, como conseguindo padrinhos para que os ajudem na compra de materiais de artesanato para poder realizar as atividades do curso, ou situações mais complexas. Nas visitas domiciliares, constatamos se há necessidade de conseguir cestas básicas ou mesmo se a pessoa não recebe algum benefício que deveria receber. Como a maioria do nosso público já é da faixa etária dos idosos, por falta de orientação, é recorrente notar que alguns não usufruem do benefício do transporte gratuito ou não recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Meu papel é mostrar o caminho legal para que eles tenham acesso a esses direitos.

Maylena atua como voluntária no projeto Casa de Lió, da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais – ADRA -, no sul da Bahia. A Casa oferece cursos gratuitos de artesanato e desenvolvimento de outras habilidades. (Foto: Evellin Fagundes)

Quais episódios marcantes você já viveu atuando como Assistente Social voluntária na Casa de Lió?
Os episódios são muitos. Começamos com apenas um curso e hoje já são 16. Nesta jornada, me lembro muito bem de uma aluna que tinha muitos problemas por conta do alcoolismo. A vida dela estava sem rumo. Na primeira vez que ela chegou em nosso projeto ela estava bêbada. Com o passar do tempo, ela criou vínculos com outras pessoas do projeto, aprendeu habilidades no artesanato e vimos a transformação na vida dela. Diminuiu a ingestão de álcool, passou a ter renda própria com a venda de artesanatos e se tornou uma de nossas professoras voluntárias. A gente fica muito feliz com toda a evolução dela.

Um outro período forte foi a época das enchentes em nossa cidade neste ano, quando muitas pessoas perderem todos os bens. Nosso campo de atuação acabou se ampliando, pois em parceria com as igrejas adventistas do município, conseguimos atender a comunidade com kits de higiene, água mineral, colchões, cestas básicas, etc. Foi um trabalho gigantesco e gratificante. Que Deus seja louvado pela Casa de Lió!

Você falou que, no início de sua atuação na Casa de Lió, ainda não era cristã. O trabalho no projeto influenciou, de alguma forma, na sua espiritualidade?
Com o trabalho na Casa de Lió a minha fé foi fortalecendo. Na Casa de Lió fui vendo Deus derramando bênçãos no projeto. Vi a mão Dele agindo em tudo! Todo esse trabalho me fez ficar convicta para me posicionar. Eu já tinha um certo conhecimento bíblico, pois estudei no Colégio Adventista, tenho parentes adventistas, mas estar realmente envolvida em um trabalho como esse fez a diferença para eu tomar a decisão de ser batizada.