Uma das características marcantes da governança ou do sistema de gestão da Igreja Adventista do Sétimo Dia é o seu modelo representativo. Existem diversas reuniões de comissões diretivas e administrativas que ocorrem, ao longo dos anos, nas 13 divisões em todo o planeta. A reunião da assembleia mundial da organização que ocorre a cada cinco anos, porém, possui um aspecto diferente.

Os 2.809 delegados em âmbito global que participarão, com direito a voz e voto, de 3 a 12 de julho de 2025 durante a assembleia de Saint Louis (EUA), representam não apenas eles, mas os mais de 23 milhões de membros espalhados em todos os continentes. Do total, 282 são os representantes do território da Divisão Sul-Americana, a sede adventista para Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai.

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Além disso, o caso dos delegados sul-americanos, quase 50% são membros voluntários e os chamados obreiros de linha de frente como pastores distritais, professores, colportores e médicos.

A responsabilidade deste grupo é muito grande. Em maio de 1863 em Battle Creek, nos Estados Unidos, por exemplo, 20 delegados de seis campos (associações) fundaram o que hoje se conhece como a Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Atribuições e postura

A primeira atitude ou responsabilidade esperada dos delegados é de postura de profunda oração. Os temas apresentados para as discussões e decisões possuem implicações espirituais.

O secretário executivo da sede sul-americana adventista, pastor Edward Heidinger, explica que os critérios para escolha dos delegados envolvem diferentes aspectos. É preciso que este grupo seja composto por líderes administrativos experientes, membros voluntários e obreiros da chamada linha de frente tais como pastores distritais, professores, colportores, médicos. “Além disso, é essencial que os delegados sejam pessoas altamente comprometidas com a missão da Igreja Adventista e demonstrem condições de contribuir com as discussões apresentadas durante a assembleia”, ressalta.

Debate e voto

Uma parte dos delegados é encarregada de compor a chamada Comissão de Nomeações da Assembleia Mundial. De uma forma bastante democrática, todos os delegados inscritos podem participar das discussões durante as sessões plenárias. E devem votar nos itens de agenda, o que inclui alterações ou atualizações no Manual da Igreja Adventista.

É interessante destacar que os delegados têm a possibilidade não apenas de participar do sistema de votação, mas expressar suas opiniões a respeito das temáticas abordadas. A Associação Geral da Igreja Adventista providencia, inclusive, uma equipe de tradutores que permitem amplo acesso aos momentos de observações e opiniões.

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