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Alunos do Colégio Adventista promovem ações solidárias em Manaus

Iniciativa de solidariedade envolveu arrecadação de donativos, apoio a comunidades carentes e doações de sangue, com o objetivo de fomentar o espírito de empatia e responsabilidade social entre os jovens.


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O desafio, idealizado pelos professores de Ensino Religioso e Projeto de Vida do Colégio Adventista Paul Bernard, localizado na zona leste de Manaus, ocorreu durante o mês de novembro. Divididos em grupos, os alunos escolheram pessoas e instituições que receberiam suas doações e gestos de solidariedade.

Alunos realizaram doação de fraldas e roupas para recém-nascido (Foto: Divulgação)

De acordo com o professor Hugo Oliveira, o objetivo da iniciativa era mostrar aos alunos e seus familiares que, mesmo sendo adolescentes, eles podem contribuir para uma sociedade melhor, exercendo solidariedade e amor ao próximo. “As ações demonstraram que, bem direcionados, os adolescentes podem fazer a diferença na comunidade. Fazer o bem é praticar o cristianismo de forma prática, e isso independe da idade”, explica.

Maternidade Ana Braga é a maior do Amazonas (Foto: Divulgação)

Os grupos realizaram seis atividades: entrega de livros e revistas em um cemitério no Dia de Finados, doação de kits para recém-nascidos em uma maternidade, tarde de brincadeiras em duas instituições de caridade, distribuição de sopa na porta de um hospital e doação de sangue.

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Primeiras ações: mensagens de conforto e apoio

A primeira atividade tirou os alunos da zona de conforto. Eles se organizaram e escreveram, à mão, 80 cartas com mensagens de consolo, entregues às pessoas enlutadas no cemitério. Amanda da Silva, 17 anos, ficou profundamente tocada pela experiência. “Participar da ação me trouxe um sentimento de empatia, algo muito necessário hoje em dia. Gostei muito da experiência. As cartas manuscritas com mensagens mexeram com as pessoas. Depois, ainda realizamos orações por aqueles que estavam ali. Foi gratificante levar carinho a quem enfrentava um momento de tristeza”, conta a estudante do 3º ano.

Estudantes entregam livros e cartas no cemitério (Foto: Henrique Rodrigues)

Apoio às mães e bebês

A maternidade Ana Braga, a maior de Manaus, que também atende mães do interior do estado, foi escolhida pelos alunos para a segunda ação. Eles arrecadaram roupinhas e fraldas para recém-nascidos. Para a estudante Emilly Fernandes, 16 anos, a experiência trouxe uma nova perspectiva sobre gratidão. “Ajudar me fez perceber como pequenas ações podem fazer grande diferença na vida de quem precisa. Foi emocionante saber que estávamos contribuindo com famílias em um momento tão especial e desafiador”, detalha.

Formação de caráter e contato com a realidade

Para a professora Rayanne Paiva, uma das organizadoras do projeto, o trabalho foi inspirador e contribuiu para o desenvolvimento do caráter dos alunos. “A experiência mostrou o potencial transformador da educação e da fé quando conectadas à prática. Eles participaram de todas as etapas, desde a arrecadação até a entrega. Ao visitar as instituições de caridade, puderam ter contato direto com realidades que antes só conheciam de ouvir falar. Isso, sem dúvida, os tornou mais gratos e conscientes sobre suas próprias famílias”, afirma.

Brincadeiras e pratica de esportes foram realizadas em Instituições (Foto: Divulgação)

Solidariedade e impacto na comunidade

Outro objetivo do projeto era incentivar os alunos a reconhecerem problemas locais e desenvolverem soluções criativas e responsáveis, além de fortalecer habilidades como trabalho em equipe, liderança e empatia. Eles não apenas compreenderam melhor a realidade ao seu redor, mas também desenvolveram um senso de pertencimento e responsabilidade social e espiritual, sentindo-se instrumentos de Deus ao levar amor, alegria e cuidado aos necessitados.

A distribuição de sopa foi realizada no final da tarde (Foto: divulgação)

Jeovana Emanuelle participou da entrega de sopa na porta do hospital João Lúcio, conhecido por atender um grande público diariamente. “Foi gratificante ajudar pessoas que precisavam de acolhimento em momentos difíceis. Muitas estavam ali sem comer o dia inteiro, e um simples copo de sopa já fez diferença”, relata a aluna.

Doação de sangue: superando medos

O encerramento das atividades foi marcado pela doação de sangue no Hemocentro do Amazonas, uma das ações mais aguardadas pelos alunos. Apesar do nervosismo inicial, a experiência foi transformadora. “Doamos pela primeira vez. Estava nervosa e com medo de não conseguir, mas queria muito ajudar alguém”, lembra Emanuelly Penha, 17 anos, que participou da ação com autorização dos pais. Ao final, os alunos gravaram um vídeo incentivando mais pessoas a doarem sangue e salvarem vidas.

Grupo que realizou sua primeira doação de sangue (Foto: divulgação)