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Alunos da Educação Adventista ressaltam valor da honestidade por meio de HQs

Além da honestidade, segunda edição do Minha História HQ estimulou criação de histórias sobre respeito, solidariedade, saúde e sustentabilidade


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Por Lucas Rocha

Alunos no momento da premiação realizada

Na noite deste sábado, 2 de dezembro, foi realizada a final da segunda edição do Minha História HQ, iniciativa das escolas adventistas das regiões norte e leste da capital paulista. Nas duas categorias do prêmio, melhor história e melhor desenho, os vencedores abordaram o valor da honestidade. O concurso teve 100 participantes e é uma forma inovadora das escolas adventistas promoverem valores sociais entre os alunos, já que utiliza uma plataforma em que crianças e adolescentes tem mais empatia, engajamento e identificação. Além do tema da solidariedade, os alunos puderam desenhar histórias sobre respeito, solidariedade, saúde e sustentabilidade. Tudo no formato das histórias em quadrinhos.

“A gente procurou desenvolver a criatividade dos alunos com responsabilidade. Em uma linguagem atualizada, os alunos exaltaram valores que a sociedade tem enterrado”, afirma Renato Lacerda, diretor da Rede Educacional Adventista nas regiões leste e norte de São Paulo.

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Na categoria melhor desenho, o vencedor foi Samuel Mendes, 16 anos, aluno do 2º do Ensino Médio. Acostumado a usar o lápis e papel para o desenho desde os cinco anos, ele aprova a iniciativa da Educação Adventista. “Dá um up para o trabalho artístico e acaba incentivando o pessoal a desenhar mais”, opina. O trabalho de Mendes é sobre uma pessoa que encontra uma carteira perdida e, mesmo sem conhecer o dono da carteira, vai atrás e a devolve. “Queria mostrar que você não precisa conhecer alguém para ser honesto com ele”, explica.

O vencedor da categoria Melhor História, em que os alunos precisavam enviar um roteiro de história sem a necessidade de desenha-la, também abordou o tema da honestidade. Josué Batista, 12 anos, cursa o 6º ano do Ensino Fundamental e buscou inspiração de casa para escrever a história de um morador de rua que pegou algo que não era dele, mas depois devolveu para o verdadeiro dono. “A história é sobre o que minha mãe sempre me ensinou. Se eu pego algo que não é meu, devo devolver”, afirma. Entusiasmado com o prêmio, ele já projeta outras participações.

final da segunda edição teve auditório com familiares dos finalistas.

Critérios

Alunos do Ensino Médio e Fundamental da rede de Educação Adventista nas regiões norte e leste da cidade de São Paulo puderam enviar histórias para o concurso. Em um primeiro momento, uma banca examinadora avaliou os trabalhos e definiu os cinco finalistas em cada categoria. Depois, três jurados deram seus pareceres. A avaliação deles teve um peso de 40% para a nota final. Os outros 60% vieram da opinião colhida com pessoas nas redes sociais. “O objetivo era envolver os alunos nas redes sociais, no qual eles já estão acostumados”, afirma o diretor das escolas adventistas nas regiões norte e leste da capital paulista, Renato Lacerda.

Prova da aceitação dos alunos é a repetição de dois finalistas. Um deles, Isaac Florêncio, 17 anos, criou um personagem para o concurso do ano passado. Neste ano, ele estava novamente entre os finalistas. “Eu criei o Ted especialmente para o concurso do ano passado. Depois, escrevi outras histórias com ele. O Ted nasceu enquanto eu estava no colégio. Pra mim, ele é um símbolo da Escola Adventista”, conta. Ted, personagem das histórias de Isaac, em breve vai ser protagonista de um jogo desenvolvido pelo próprio autor. No entanto, como é aluno formando do Ensino Médio, Isaac não vai poder mais participar do Minha História HQ.

Ampliação

A final deste ano teve algumas inovações em relação à final da primeira edição. Com um tempo maior de programa, antes do anúncio dos vencedores o quadrinista afiliado da Associação Brasileira de Quadrinistas Adventistas, Miguel Nestor Alves, fez uma palestra de aproximadamente 30 minutos para o auditório, formado basicamente pelos finalistas e seus familiares. Para o ano que vem, Lacerda já planeja a ampliação do concurso não só no número de participantes, como também no número de categorias.