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Aluna da Universidade Andrews recebe nomeação para o Oscar Estudantil

O filme Sisterly retrata a convivência entre a roteirista e a irmã autista.


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Paul Kim, professor de filme documentário e coordenador do departamento de Artes Visuais, Comunicação e Design da Universidade Andrews, com Nina Vallado. [Photo: Jessica Luis Felicio, Andrews University News]

Berrien Springs, Estados Unidos… [ASN] O filme de Nina Vallado “Sisterly” foi selecionado como um dos sete finalistas, dentre mais de 1.600 documentários inscritos para o 2017 Student Academy Awards (Prêmio Oscar Estudantil). Em maio de 2017, Vallado se formou magna cum laude na Universidade Andrews, com um Bacharelado em Belas Artes em filme documentário. Seu projeto de conclusão de curso, um breve documentário chamado Sisterly (Relação entre irmãs), fala sobre o relacionamento da Vallado com sua irmã, Lisa, que está no espectro do autismo. Esta é sua história, contada em suas palavras.

“É estranho pôr em palavras como foi crescer com a Lisa. Ela é minha irmã e eu a amo e interagia com ela de forma que só eu sabia como, e visto que não havia comunicação verbal, eu realmente não a conhecia. Ela podia repetir coisas para as quais fora treinada dizer, tais como respostas a perguntas: “Como você está hoje?” ou “Qual é a sua cor favorita”, mas seus interesses, sua personalidade, seus sonhos, eram um mistério para mim.

“Contar nossa história através do filme ensinou-me o que é ser irmã. Antes disto, eu baseava minha ideia de como era a relação entre irmãs de acordo com a relação que minha mãe e suas irmãs tinham, ou da relação de meus amigos e suas irmãs. Mas essa relação é um laço único que você cria com sua própria irmã.

“Minhas irmãs, Karen e Lisa, e eu temos nossa própria relação especial entre irmãs. Nós lidávamos com a Lisa no nível em que ela estava, e não era a pior coisa do mundo o fato dela não poder falar; apenas encontramos coisas que podíamos fazer juntas, coisas que a Lisa amava, como quebra-cabeças e jogos de memória, e tudo da Disney. O relacionamento entre irmãs pode ser complicado, confuso ou quebrado, mas ainda seguimos como irmãs. E sempre tivemos isso.

“A Lisa e eu sempre mantivemos conexão e intimidade e agora é uma simples questão de explorar essas coisas, com a súbita expressão verbal da Lise, sozinha, aos 16 anos, tivemos um avanço, e meu filme dá aos telespectadores um vislumbre disso, mas ainda estou pesquisando. O avanço não foi o fim; meu filme apenas me deu um lugar por onde começar e eu não parei.

“Eu realmente não tinha um sonho para ‘Sisterly’. Isso pode ser triste, mas creio que eu simplesmente não queria ser desapontada. Eu o ofereci em alguns festivais de cinema, pequenos e locais, mas ninguém o aceitou, então eu comecei a procurar festivais gratuitos e descobri o Oscar estudantil. Eu não tinha nada a perder. Do nada, eu recebi um e-mail deles que começava com ‘Parabéns!’ e meu primeiro pensamento foi: ‘O quê?!’ Eu estava na semifinal. Um mês depois, recebi uma notificação de que eu estava na final. Eu saberia na metade de setembro se meu filme seria selecionado ou não como vencedor e então eu iria para o Oscar.

“Há um filme que apareceu em 2016, chamado ‘Vida Animada’, que conta a história de uma família de irmãos, um dos quais está no espectro do autismo. Esse filme exerceu grande impacto na história que eu estava contando com ‘Sisterly’. Havia uma breve cena no filme que fala a respeito dos medos e das alegrias de ter um irmão com autismo, e eu me identifiquei muito com essa cena. Ela me deu confiança para prosseguir com o tema da relação entre irmãs, em meu filme. Se eu pudesse mostrar meu filme a alguém no mundo, eu queria mostrá-lo a essa família, porque a história dela me ajudou a validar a minha.

“O Oscar parece legal, e é! Mas eu também anelava compartilhar meu filme nas igrejas e nas escolas, porque são comunidades que necessitam ter uma voz para o autismo. E estou orgulhosa de poder ser essa voz em favor de minha irmã”. [Andrews University]