A assistência adventista estava mobilizada, nos Estados Unidos, para audar famílias do Afeganistão. Estas pessoas foram egressas da rápida evacuação do país devastado pela guerra. A equipe dos Serviços Comunitários Adventistas (SCA), ligado à Associação Adventista de Chesapeake, primeiro respondeu à crise reunindo-se com os refugiados que chegavam ao Aeroporto Internacional Dulles, na Virgínia, no início de setembro de 2021. Neste momento, foram prestados cuidados emocionais e espirituais como parte de sua parceria contínua com a Cruz Vermelha Americana.

Cuidado e amor pelos refugiados

A maioria dos refugiados atendidos eram cidadãos americanos que retornaram aos Estados Unidos devido à rápida retirada militar. Alguns dos americanos que voltaram também eram descendentes de afegãos, incluindo alguns que tiveram que deixar a família no país dilacerado pela guerra.

Segundo Ignacio Goya, diretor dos SCA para a Associação de Chesapeake, “essas são pessoas que foram obrigadas a reiniciar suas vidas completamente”. “Muitos estão em estado de choque. Estamos aqui para eles nestes momentos de mudança, estresse e solidão. Estamos aqui para mostrar a eles carinho e amor e para que saibam que não estão sozinhos”, complementou.

Os membros da equipe também ofereceram apoio aos voluntários e funcionários do governo que trabalharam longas horas em resposta à crise, muitos dos quais se sentiram oprimidos pelo que viram. “Ninguém parou para perguntar a muitas dessas pessoas como elas estão”, disse Goya. “Trabalhar em uma crise é estressante. Imagine tentar ajudar pessoa após pessoa em um turno de oito horas por dez dias consecutivos. Muitos estão se sentindo frustrados porque simplesmente não têm recursos suficientes para ajudar os que chegam da maneira que desejam. Então, nós os ouvimos e choramos com eles e mostramos a eles carinho e amor”.

Os esforços de resposta mais recentes mudaram de fornecer cuidados emocionais e espirituais para organizar apoio de longo prazo para os refugiados.

Ajuda para recomeçar

Três meses depois, os Serviços Comunitários Adventistas mudaram seu foco. E passaram a fornecer alimentos e suprimentos essenciais a 340 famílias afegãs que estão sendo reassentadas no território de Chesapeake (Delaware e a maior parte de Maryland), enquanto tentam reconstruir a vida nos Estados Unidos.

“Não estamos apenas dando comida ou uma cesta de boas-vindas; estamos compartilhando o amor de Jesus com elas”, disse Ignacio Goya. “É disso que se tratam os SCA; é disso que se trata a Igreja Adventista do Sétimo Dia”.

Congregações em toda a Associação de Chesapeake responderam aos pedidos de doação de itens essenciais, como materiais de limpeza, produtos de higiene e equipamento básico de cozinha. Em parceria com a ADRA, os SCA da União de Columbia e os SCA da Divisão Norte-Americana, os membros da equipe dos SCA de Chesapeake organizaram as doações em cestas de boas-vindas e as distribuíram pessoalmente aos refugiados alocados em alojamentos temporários na região.

Para os envolvidos na entrega das cestas de boas-vindas, a interação com os refugiados tem sido dolorosa e inspiradora. “Tem sido uma transformação de vida, honestamente”, disse Kleyton Feitosa, pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia Palavra Viva em Glen Burnie, Maryland. “Temos ouvido histórias e visto fotos no noticiário, mas torna-se real quando você realmente consegue conhecê-los e ver as famílias e as necessidades.”

Feitosa acrescentou: “Eu descobri que a esposa e os filhos [de um refugiado] foram deixados para trás, e isso realmente partiu meu coração..., mas, mesmo com isso acontecendo em sua vida, ele é grato; ele é grato e feliz. Ele está aqui e já pensando em como, eventualmente, trazer a família para cá... Ouvimos muito sobre como nós, como cristãos, precisamos estar contentes e precisamos reconhecer e ver as bênçãos ao nosso redor. Esse jovem me ensinou uma lição.”

Os Serviços Comunitários Adventistas de Chesapeake seguem com parcerias com agências governamentais locais a fim de fornecer suporte contínuo e assistência logística às famílias de refugiados. “Nosso propósito nestes últimos dias, como um movimento remanescente, é ser as pessoas [que estão] buscando ajudar com as necessidades de outras pessoas”, disse Goya.