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Adventistas na América do Sul se unem contra a violência psicológica 

Campanha Quebrando o Silêncio inicia no dia 27, e completa 20 anos de combate a abusos e vícios


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Campanha inicia no dia 27 de agosto, com ações que seguem ao longo do ano (Arte: Divulgação)

O último sábado do mês de agosto será de ruas movimentadas e auditórios cheios em oito países da América do Sul. As ações do projeto Quebrando o Silêncio acontecem no dia 27, trazendo orientações sobre prevenção e caminhos para superar a violência psicológica. 

A pauta

Levantamentos feitos por diferentes órgãos voltados à saúde e à segurança constatam que a violência psicológica é o tipo de abuso mais recorrente, antecedendo, em muitos casos, outras formas de agressão. Está presente nos lares e ambientes acadêmicos e de trabalho, sob a forma de ofensas, chantagens e ameaças. Por não ser um ato físico, esse tipo de agressão ainda é muito velado e subnotificado aos órgãos de segurança. No entanto, é reconhecida como crime em diversos países, dado o seu potencial danoso à vítima.

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No Brasil, a lei 14.188/2021 criminaliza a violência psicológica contra a mulher. De acordo com o artigo 147-B, constitui-se como tal crime qualquer ato que cause “dano emocional à mulher que a prejudique e perturbe seu pleno desenvolvimento ou que vise a degradar ou a controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, chantagem, ridicularização, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação”. 

Valendo-se desse mesmo conceito, a campanha Quebrando o Silêncio estende suas ações para combater a violência psicológica não apenas contra mulheres, mas contra qualquer indivíduo em vulnerabilidade, como crianças e idosos. 

A campanha

O projeto Quebrando o Silêncio é promovido anualmente pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, e se propõe a auxiliar no combate e prevenção de diversos tipos de vício e abuso. Neste ano, o tema da violência psicológica foi escolhido para pautar as ações da campanha, que ocorrem no dia 27 de agosto na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai, e se estendem ao longo de todo o ano. 

Diversas atividades estão sendo preparadas para a ocasião. Carreatas e passeatas chamarão a atenção para o tema pelas ruas, enquanto palestras acontecem em igrejas, escolas e auditórios. Nesses eventos também serão distribuídos materiais de orientação, como panfletos e revistas, impressas em versões para crianças, adolescentes e adultos. Estes materiais são produzidos em português e espanhol, e estão disponíveis em formato digital no site oficial da campanha: quebrandoosilencio.org. Ali também há outros materiais de apoio, como vídeos e artes promocionais, podcasts, bem como todas as informações sobre o projeto.

Além disso, muitos templos adventistas estão organizando ações solidárias, como feiras de saúde com atendimento gratuito à população, visitas a asilos e orfanatos e doações de suprimentos a famílias carentes. Uma parceria com a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) também irá oferecer cursos básicos de empreendedorismo para mulheres, afinal, a dependência financeira é o que mantém muitas delas em relações abusivas.

Para a coordenadora do projeto na América do Sul, Jeanete Lima, abordar o assunto certamente abrirá os olhos de muita gente para identificar a violência psicológica e buscar formas de superação. “Esse é o nosso papel como Igreja; esse é o papel da religião cristã. A Bíblia nos orienta, em Isaías 1:17: ‘Aprendam a fazer o bem! Busquem a justiça, acabem com a opressão’. Somos, sim, guardadores dos nossos irmãos”, enfatiza. 

Duas décadas 

Criado em 2002, o projeto Quebrando o Silêncio completa 20 anos cumprindo o seu propósito. No site quebrandoosilencio.org há histórias de pessoas que foram impactadas pela iniciativa ao longo dessas duas décadas. E falando nesse impacto, vários Estados e províncias em diversos países incluíram em seus calendários oficiais uma data para destaque da campanha, em reconhecimento à sua relevância e contribuição social. 

Para compreender mais sobre a violência psicológica e como combatê-la, veja o video abaixo:


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