Adventistas capixabas narram experiência em missão no Amazonas
Projeto 'Salva-Vidas Amazônia' levou voluntários a vivenciarem uma imersão missionária no Norte do Brasil.
Cerca de 15 adventistas do Espírito Santo viajaram para o Amazonas para desenvolver projetos missionários em uma comunidade na região Norte. Foram dez dias de imersão na comunidade Nova Canaã e durante este período o grupo realizou ações sociais e religiosas a fim de atender as necessidades da realidade local. O projeto 'Salva-Vidas Amazônia' costuma levar adventistas que queiram vivenciar uma imersão missionária no Norte do Brasil.
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Além da turma que saiu do Espírito Santo para o projeto, outro grupo vindo do Rio Grande do Sul fechou o time que contou com 65 voluntários para dar sequência à iniciativa. O pastor auxiliar do templo adventista Central de Vitória Eder Ferreira conta que, a princípio, ele e os outros três jovens da mesma igreja que decidiram ir para a missão, não sabiam exatamente para onde seriam levados.
"Fomos para uma comunidade tinha uma média de 70 famílias e nós iríamos atendê-los com algumas necessidades", relata Ferreira.
Uma das prioridades dos voluntários era a construção de um centro comunitário. E construíram. Mas enquanto estiveram lá, também conseguiram revitalizar uma igreja, construíram uma casa em quatro dias para um rapaz com deficiência física e levaram mantimentos para distribuir roupas e cestas básicas.
Trabalho em equipe
O grupo desembarcou em Manaus (AM) e zarparam de barco até o local, cerca de dez horas de viagem. Os dois barcos também eram os lares temporários dos missionários, que precisavam dormir em redes e se adaptaram não só ao clima, mas à culinária local.
Ferreira explica como funcionava o método de trabalho no local para que todos os voluntários estivessem envolvidos.
"Tinhamos a equipe de Construção, outra que cuidava da Saúde, um grupo para a Escola Cristã de Férias e nós também tínhamos uma equipe de Evangelismo", elenca.
Os missionários se revezavam entre as equipes e assim todos tinham experiências diferenciadas.
Ferreira relata que as pessoas paravam as atividades profissionais mesmo durante o expediente de trabalho para estudarem a Bíblia e que os voluntários foram muito bem acolhidos pela comunidade.
A arquiteta Julia Barreto conta que foi sem muitas expectativas uma vez que não sabia exatamente o que esperar do projeto.
"Confesso que cheguei a duvidar, mas já estava ali mesmo, não tinha o que perder", admite.
A capixaba conta que a rotina precisava ser regrada, com horários e trabalhos a serem cumpridos a fim de atenderem de maneira efetiva no pouco tempo em que estivessem ali. A realidade, no entanto, mudou a perspectiva da arquiteta.
"Finalizamos com muitos atendimentos médicos realizados, cinco batismos e mais onze pessoas que aceitaram o chamado de se preparar para o batismo", vibra. "Ele [Deus] me ensinou a servir e esse foi meu maior aprendizado lá", sublinha.
O consultor e designer, Cayo Simões compartilha da mesma experiência de Julia. Ele celebra ao saber que todo o esforço gerou resultados visíveis em uma comunidade inteira.
"Saber que o seu trabalho, tempo e suor está mudando a realidade de uma comunidade inteira é prova da misericórdia de Deus, que usa humanos falhos para espalhar o amor", complementa.