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Adventista de Niterói lança livro sobre maternidade real e inspira rede de apoio para mães

Professora da Escola Sabatina e jornalista, Priscilla Litwak transforma relatos de fé, dor e superação em obra que ecoa a força das mães contemporâneas.


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A maternidade real, muitas vezes vivida entre alegrias e silenciosos desafios, é o tema central do novo livro Queria me teletransportar, da jornalista, escritora e adventista Priscilla Litwak, membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Niterói, no estado do Rio de Janeiro. O lançamento acontece no domingo, 4 de maio, às 15h, na Blooks Livraria, em Icaraí (RJ), em um evento gratuito e aberto ao público.

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A realidade da maternidade em números

A publicação de Queria me teletransportar chega em um momento em que a saúde emocional das mães tem ganhado cada vez mais atenção. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que aproximadamente 46% das mulheres brasileiras relatam ter enfrentado algum tipo de desafio emocional durante a gestação ou nos primeiros meses após o nascimento dos filhos. Além disso, uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que uma em cada quatro mães no Brasil apresenta sintomas de depressão pós-parto, superando a média global.

Esses números ressaltam a importância de obras que oferecem suporte emocional, acolhimento e visibilidade às complexidades da maternidade — temas que encontram eco na escrita sensível e realista de Priscilla Litwak.

Atuação e escolha do tema

Professora da Escola Sabatina e atuante em diversas áreas de apoio à igreja, Priscilla compartilha em sua obra crônicas que refletem a jornada materna sob uma perspectiva de fé, empatia e coragem. Baseado em sua própria vivência e na escuta de outras mulheres — anônimas e conhecidas —, o livro aborda temas como tentativas frustradas de engravidar, gravidez tardia, ovodoação, gravidez na adolescência, congelamento de óvulos, tratamentos de fertilidade, adoção, autismo, síndrome de Down e luto perinatal.

Entre os relatos emocionantes estão o da cantora Cristina Mel, que realizou o sonho da maternidade por meio da adoção; o da cantora Pâmela Jardim, que enfrenta o diagnóstico de autismo do filho enquanto retoma sua trajetória profissional; e o da educadora parental e apresentadora Darleide Alves, que encontrou propósito ao transformar a dor da perda de sua primeira filha em missão de apoio a outras famílias. Especialistas, como a médica Ana Bárbara Januzzi, também colaboram com dicas práticas para a rotina das famílias.

Priscilla é jornalista com mais de doze anos de atuação, inclusive no jornal O Globo. São 13 anos de Globo e quase 15 anos de carreira. Foto: Arquivo pessoal.

Lançamento e proposta

Durante o evento de lançamento, também será apresentada a iniciativa Entre Anas, uma rede de apoio idealizada para acolher mães, especialmente nos primeiros meses de vida do bebê — período frequentemente marcado pela solidão e sobrecarga emocional.

Além das crônicas, o livro propõe uma experiência interativa. Um QR Code disponível nas páginas permite o acesso a conteúdos complementares, incluindo vídeos e materiais de aprofundamento.

“O desejo de se teletransportar — de estar em vários lugares ao mesmo tempo — representa o turbilhão de emoções que tantas mães enfrentam. Em muitos momentos, sentimos que não damos conta de tudo. Escrever foi minha maneira de reunir essas partes e também acolher outras mulheres”, destaca Priscilla, jornalista com mais de doze anos de atuação, inclusive no jornal O Globo.

A publicação já está disponível para acesso no site da Emó Editora, proporcionando uma oportunidade para que mais famílias conheçam e compartilhem experiências de fé, superação e acolhimento.

Obra ecoa a força das mães contemporâneas e crônicas que refletem a jornada materna sob uma perspectiva de fé, empatia e coragem. Foto: Divulgação.

O lançamento também marcará a estreia do projeto Entre Anas, uma rede de apoio criada por Priscilla em parceria com a empreendedora e estudante de psicologia Jessica Helena. A iniciativa busca acolher mães, especialmente nos primeiros meses após o nascimento do bebê — período em que a solidão materna costuma ser mais intensa.

"Ninguém nasce sabendo ser mãe, mas toda mãe merece nascer cercada de cuidado". - É o chamado do projeto realizado em parceria com a psicóloga Jéssica Helena para acolher mães. Imagem: Reprodução.