ADRA Brasil na Bahia atendeu quase 44 mil pessoas
Nos últimos dois anos, a agência ampliou o atendimento e o cuidado com populações urbanas vivendo nas ruas.
[Esta reportagem abre uma série chamada Tempo de Celebrar. São relatos de vários ministérios da Igreja, contribuindo para o seu crescimento, nos últimos seis anos, na Bahia e em Sergipe].
O trabalho da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA Brasil) na Bahia e em Sergipe está transformando vidas.
A história do funcionário público Marcos Roberto Pinto é o exemplo disso. Por meio da influência de amigos, ele foi apresentado às drogas quando ainda era jovem. Seus primeiros vícios foram o fumo e o álcool. Em pouco tempo, tornou-se um usuário de drogas, aprofundando cada vez mais o consumo de maconha e cocaína.
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Casou-se e constituiu uma família, mas seu salário era quase sempre voltado para suprir sua dependência. “Eu recebi um salário de um mês de trabalho e comprei uma lata de leite Nan. Foi a única coisa que comprei para minha família com quase dois mil reais”, conta.
A mudança de vida ocorreu quando surgiu a oportunidade de realizar o tratamento no Pró-Vida, um projeto da ADRA Brasil na Bahia.
Por meio do trabalho no campo, relacionamento e atividades espirituais, sua saúde foi reestabelecida. “Senti que algo estava acontecendo porque não senti abstinência. Senti alegria”, relata.
Hoje, Roberto está livre das drogas, é um bom esposo e um pai responsável. Quando é convidado para dar palestras, compartilha sua experiência de vida com jovens e adultos.
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Impacto
Assim como ele, quase 44 mil pessoas tiveram a vida transformada pelos projetos da ADRA Brasil na Bahia. (Veja o gráfico).
Em Sergipe, mesmo não tendo ainda um escritório regional, a ADRA Brasil prestou atendimento com frequência, a exemplo da ação que levou a clínica móvel para a cidade de Aracaju.
Quem é atendido recebe uma oportunidade para mudar a própria vida, seja em projetos como Pró-Vida (apoio contra dependência química), Casa de Lió (artesanato e incentivo a geração de renda) e Cidinho (assistência a crianças em bairro socialmente vulnerável de Salvador), seja nas ações com populações em situação de rua, realizadas na capital baiana, em parceria com o poder público, ou mesmo à resposta que é dada para comunidades em situação de emergência.
“O reconhecimento do trabalho de inclusão social sem distinção política, racial, religiosa, étnica ou de gênero permite celebrar parcerias com entidades do setor público e empresas privadas, trazendo recursos para os trabalhos da ADRA Brasil na Bahia e em Sergipe. Hoje existe o apoio profissional especializado de 52 colaboradores e 23 voluntários e estagiários”, declara Luiz Fernando, diretor regional da ADRA Brasil para Bahia e Sergipe.
Entenda como funciona o projeto Cidinho:
Populações vulneráveis
Segundo ele, sobre o trabalho realizado com populações urbanas vivendo nas ruas, as dificuldades encontradas entre 2013 e 2018 foram as de enfrentamento à vulnerabilidade de risco pessoal e desigualdades sociais.
Fernando destaca, contudo, que os resultados obtidos contribuem para a melhoria da qualidade de vida dos beneficiários, com a importância de uma política de atuação no interesse do bem-estar do ser humano; conscientização mais significativa sobre a prática de políticas públicas afirmativas; empoderamento e fortalecimento do protagonismo da identidade coletiva; sentimento de participação cidadã e autônoma e de inclusão social dos indivíduos; desempenho mais significativo de suas habilidades e competência na geração de emprego e renda.
“Há necessidade de perseguir na continuidade de iniciativas no fortalecimento da inclusão social, partindo da premissa de que cada indivíduo, à sua vez, se sinta identificado e participante do mundo social e comunitário”, pontua Luiz.
Conheça o projeto Casa de Lió: