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Ações pela campanha Quebrando o Silêncio mobilizam extremo sul da Bahia

Passeatas e palestras em escolas fazem parte da iniciativa que distribuiu mais de 18 mil impressos informativos Passeatas e palestras em escolas fazem parte da iniciativa que distribuiu mais de 18 mil impressos informativos


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Cartazes e imagens representando a proposta da campanha foram apresentados durante passeata. Imagem: Divulgação.

Neste último sábado (26), oito países da América do Sul iniciaram ações pela campanha Quebrando o Silêncio, que combate a violência doméstica. O tema deste ano foi a violência obstétrica e o objetivo é falar sobre o assunto e propagar o conhecimento para prevenção e combate às situações que podem acontecer tanto dentro de casa, quanto em espaços públicos e privados. 

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A Igreja Adventista no extremo sul da Bahia está se reunindo durante o mês para conscientizar a comunidade da região quanto a importância do amor a vida e o amor na gestação, como afirma o líder da igreja para esta região, pastor Jucimar Noya. 

"Muitas ações estão sendo desenvolvidas, palestras em escolas, palestras em igrejas, palestras nas comunidades, ações dos Desbravadores, Colégio Adventista. Todos unidos dizendo: vamos amar a vida, vamos cuidar das mulheres que são violentadas, que são desrespeitadas num momento tão especial, que é o momento de gestação da vida”, enfatiza Noya. 

Movimento nas ruas

Na cidade de Eunápolis e em Porto Seguro , as igrejas foram às ruas através dos diferentes ministérios para uma passeata, como parte das ações do projeto. O propósito foi informar a população para prevenir e combater os abusos sofridos por mulheres durante a gestação e o parto. 

Mônica Noya, líder do Ministério da Mulher para o extremo sul da Bahia e organizadora do movimento, conta que o adventismo cidade de Eunápolis é algo muito forte e ao aceitarem o desafio de participar de mais uma passeata este ano, os ministérios aceitaram de forma expontânea e usaram a criatividade. 

“Tivemos uma ala temática feita pelo Ministério da Mulher, também teve um movimento muito significativo da Escola Adventista, Desbravadores, Aventureiros. A igreja mostrou realmente a sua força, mostrou realmente que está aqui na comunidade para somar, para ajudar, alertar as pessoas quanto ao viver mais saudável, um viver psicologicamente saudável”, acrescenta. 

Compromisso 

O evento Quebrando o Silêncio é parte de um compromisso mais amplo em promover mudanças positivas na sociedade. O projeto não só conscientiza sobre a violência doméstica, mas também busca fortalecer valores de amor, respeito ao próximo e relações familiares saudáveis, estendendo as iniciativas aos Pequenos Grupos (PGs), casas, igrejas e escolas.

Théo Oliveira de Araújo, de apenas 11 anos, participou do movimento junto com seus colegas da Escola Adventista e conta que entregou alguns panfletos sobre a gravidez na adolescência e que entende que poderia ajudar várias pessoas. 

"É um assunto bem sério e ao invés das pessoas fizerem do jeito errado pra lidar com isso a gente quis informar pra que não aconteça mais. Eu gostei bastante de vir, porque a gente consegue ajudar muitas pessoas aqui e eu encontrei amigos meus né. Foi bem legal", afirma. 

As ações nas diferentes cidades do território também serviram como um importante lembrete de que a luta contra a violência doméstica exige esforços concretos em nível local. Com eventos educativos, distribuição de materiais informativos e serviços diretos, o projeto visa criar um impacto duradouro na comunidade, estimulando uma mudança positiva e inspirando outros a se unirem na luta contra o abuso e a violência. 

Rede de apoio

Diversos profissionais participaram das ações, que alcançaram centenas de famílias. A psicóloga Katharina Clímaco reforçou a importância do envolvimento da igreja nesses assuntos tão importantes para a sociedade e a motivação em falar sobre o tema e orientar as famílias. 

"Pra mim como psicóloga é muito importante eh estar aqui fazendo parte desse projeto porque é um projeto que envolve que um tema muito importante que é a mãe, a maternidade, o lado bom de ser mãe, mas também os desafios, tudo que que a mãe enfrenta durante esse processo, desde violência física, psicológica”, reforça. 

Além de escolher um dia, o movimento acontece de forma intensa durante todo o mês e é reforçado nas igrejas através do Ministério da Mulher e outros ministérios de apoio, que desenvolvem diferentes atividades com as famílias de cada igreja local. 

"O Ministério da Mulher tem desenvolvido vários trabalhos pensando no bem-estar das famílias. Temos encontros semanais de mulheres que discutem sobre questões familiares de como viver melhor com a sua família, é algo que a igreja se preocupa muito. Temos também cursos profissionalizantes pra essas mulheres e temos essa preocupação não só com o social, mas também com o bem-estar físico dessas pessoas”, completa Mônica. 

Responsabilidade social 

Foram distribuídos 18500 exemplares de panfletos e revistas infantis que trazem a orientação de especialistas sobre o assunto para adultos, crianças e adolescentes. 

"Isso declara em nós como igreja, como nos preocupamos com aquilo que Deus nos deu, que é a vida, como nós nos preocupamos em cuidar do próximo como de nós mesmos, fazendo assim a vontade do mestre”, finaliza Noya.

Felipe Dias, consultor ótico que recebeu um panfleto e acompanhou a ação, afirma que "esse é um movimento muito necessário e pode ajudar a alertar várias pessoas, que muitas vezes podem estar sofrendo caladas e não sabem como se expressar ou quem deve procurar para pedir auxílio, por isso eu acho muito bacana e importante”.