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Ações e palestras evangelísticas marcam o terceiro dia do I Will Go Teen

Participantes se prepararam para a missão por meio de testemunhos e ações


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Missão não é um lugar, missão é um estilo de vida. Essa foi uma das frases que marcaram o terceiro dia do I Will Go Teen, em Abadiânia (Goiás). Os mais de 2 mil adolescentes que participam do evento tiveram a oportunidade de aprender e crescer espiritualmente para serem capazes de se envolver em ações de voluntariado. Isso foi possível graças ao circuito de palestras que tiveram com autoridades no assunto, que falaram sobre as diferenças culturais e desafios de se viver fora do Brasil.

Estudantes intercederam por missionários ativos em outros países (Foto: CABC)

O dia começou cheio de emoção com a homenagem feita para os jovens adventistas que se encontram nesse momento em outros locais, fazendo trabalho voluntário. O pastor Gilson Magalhães, Departamental de Evangelismo da União Centro Oeste Brasileira, dedicou um momento especial de interseção por esses voluntários e homenageou Jorge Carvalho, missionário que faleceu na última semana. “Foi emocionante”, afirma a estudante de 16 anos, Tatiane de Carvalho.

Papo de Missão

Após a reunião inicial, os estudantes tiveram a oportunidade de participar de uma série de palestras intituladas como "Papo de Missão". Nelas foram trazidos especialistas em voluntariado, que contaram suas experiências fora do país e tiraram dúvidas. “Se de alguma forma a minha história inspira e motiva os jovens a entender o propósito do chamado deles, acredito que minha missão foi cumprida”, afirma Willian Geisler, palestrante que contou sobre suas experiências no Camboja. Ele dirige um instituto de voluntariado e ao final do seu colóquio propôs uma parceria para os estudantes que desejarem usar seus talentos para ajudar comunidades fora do país.

Geisler usou seu livro produzido para comunidade cambojana como exemplo de uso de diversos talentos no voluntariado (Ilustração: Matheus Ogalha)

Sobre esse momento, Benjamim Oliveira Luz da Silva, de 10 anos, comenta que aprendeu a pouca idade ou a falta de recursos não impedem que alguém faça voluntariado. “Só uma pessoa pode mudar sua comunidade dela, se quiser”, afirma. Para ele, quem faz realmente o trabalho pesado é o Espírito Santo de Deus, que convence e muda o coração das pessoas.

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Uma das palestras foi com o missionário Diéter Bruns, responsável pelo Serviço Voluntário Adventista na Divisão Sul Americana. Ele Falou sobre suas experiências como voluntário na Ásia e incentivou os estudantes a descobrirem o que os motiva a servir e usar seus dons. O estudante Bruno Furcin Pereira, de 14 anos fala sobre o seu contentamento com a palestra: “Abriu minha mente, tirando muitas dúvidas que tinha sobre missão. Entendi que podemos nos desenvolver em muitas áreas na nossa vida, e servir a comunidade”, afirma. Ele alega que não pensa em fazer uma missão no momento, mas quer descobrir quais são os dons dele e em que pode ser útil.

O pastor Rodrigo Assi, também teve seus momentos com os estudantes onde contou sobre sua experiência em Guiné Bissau. Com muito dinamismo, Rodrigo contava curiosidades sobre o país, enquanto os estudantes faziam perguntas. Amanda Cristina, de 17 anos, foi uma das participantes que teve suas perguntas sanadas. “Fiquei impressionada com alguns hábitos que os moradores de Guiné têm, como usar banheiros comunitários e manter a higiene mesmo morando em casas simples feitas de palha e chão de terra”, explica. A estudante também se mostra entusiasmada com a ideia de fazer voluntariado no próximo ano. “Já tinha vontade de ser missionária e essa palestra só deu um empurrãozinho a mais”, declara.

As mulheres também tiveram um papel de protagonismo nas palestras sobre voluntariado. Lídia Allá é um exemplo disso. Ela se voluntariou para trabalhar durante 1 ano em uma comunidade em Benim, na África. Durante o Papo de Missão Lídia contou sobre as experiências mais marcantes que teve enquanto voluntária, além dos maiores desafios que enfrentou durante sua estadia na África. “Aprendemos um pouco da língua do país e vimos como é ser uma mulher que viaja sozinha para fazer trabalho voluntário”, afirma Adrielly Lima, de 23 anos, que estava presente na palestra. Ela conta com entusiasmo que por meio das experiências relatadas ali, ela se sentiu motivada a viajar para fora do país a serviço da população necessitada. “Não é necessário esperar o momento certo para ajudar o próximo”, defende.

Lídia Allá contou sobre seus desafios e vitórias em seu voluntariado (Foto: Marcielen Campos)

Não foram destacados apenas os trabalhos voluntários fora do país. A influencer Alana Gonsalves, do canal Cristão Declarado, palestrou aos estudantes sobre cos desafios de ser um cristão no século 21. “É uma caminhada difícil, mas que vale muito a pena”, comentou. Além disso, Alana deu dicas de como testemunhar de Jesus por meio das redes sociais. O adolescente de 15 anos, Ruan Vinícius, conta que ficou maravilhado com a passagem da influenciadora pelo ciclo de palestras. “Não acredito que uma pessoa que tinha tanta timidez foi capaz de representar tão bem os jovens cristãos desta época”, declara. Ele conta que sempre gostou de compartilhar suas experiências de espiritualidade com os amigos, e agora se sente mais confiante para compartilhar isso em suas contas na internet.  

Giro de Notícias | I Will Go Teen | 3º Dia - Assista:

Vivendo o voluntariado na prática

Mais do que aprender, os estudantes da Rede Adventista tiveram a oportunidade de colocar em prática o que aprenderam nas palestras. Além de realizarem trabalhos sociais em asilos, orfanatos e casas de acolhimento eles compartilharam seus conhecimentos bíblicos em público. Um dos locais escolhidos para isso foi a praça Bom Jesus, no centro de Anápolis – GO. Foi montada uma grande estátua em referência àquela descrita pelo Rei Nabucodonosor, no relato bíblico do livro de Daniel 2. “Os adolescentes explicaram o significado das partes da estátua para quem passava pela intervenção artística e, além disso, distribuíram sorrisos e abraços grátis para os transeuntes”, explica o pastor adventista Cleiton Barbosa, organizador da ação.

Já na cidade de Abadiânia (GO), outro grupo de estudantes se preparava para colocar em pratica as ações de voluntariado. “Nos dividimos em dois grupos: o primeiro foi para um lar de idosos passar tempo de qualidade com eles. Já o segundo, distribuiu cerca de 200 exemplares do livro O grande Conflito  em uma praça”, explica a professora Andreia Santos. “Acredito que tudo o que aprendemos e fizemos até aqui fará uma grande diferença na vida de todas as crianças e adolescentes que participaram do I WILL GO TEEN. Poder apoiar esse projeto é um grande privilégio”, finaliza.

Outras atividades desenvolvidas durante o evento foram a Batalha de Música, concurso Bom de Bíblia e momentos de Hackaton, uma atividade com a finalidade de elaborar estratégias para fazer a diferença na comunidade.

Ação foi destaque na mídia