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A Escritura Sagrada e a Revolução Francesa - Parte 2

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Bem-vindos, amigos, à nossa jornada contínua através do livro O Grande Conflito, de Ellen White. Em nosso vídeo anterior, vimos como as profecias de Apocalipse 11 predisseram os eventos que antecederam a Revolução Francesa. Hoje continuaremos esse estudo e acredito que você ficará surpreso ao ver como exatamente a profecia foi cumprida!

Em Apocalipse 11, começando no versículo 7 e continuando com os versículos 8 e 10:

"Quando eles", ou seja, as duas testemunhas do Antigo e do Novo Testamento sobre as quais falamos em nosso vídeo anterior, "Quando tiverem, então, concluído o testemunho que devem dar, a besta que surge do abismo fará guerra contra elas; a besta vencerá e matará as testemunhas. E os seus cadáveres ficarão estirados na praça da grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado...Os que habitam sobre a terra se alegrarão por causa da morte dessas duas testemunhas, realizarão festas e enviarão presentes uns aos outros, porque esses dois profetas atormentaram os que moram sobre a terra."

Então, o que essa passagem significa e como ela se aplica à Revolução Francesa? Bem, para começar, é importante lembrar que essa linguagem profética é simbólica – não se refere à Sodoma ou ao Egito literais, mas ao que esses lugares simbolizam. Observe que a passagem diz "a grande cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito. . ."

No livro O Grande Conflito nos é dito que "De todas as nações apresentadas na história bíblica, o Egito, de maneira mais ousada, negou a existência do Deus vivo e resistiu aos Seus preceitos" (O Grande Conflito, página 269).

Você deve se lembrar de como o Faraó declarou corajosamente, "Quem é o Senhor para que eu ouça a sua voz e deixe Israel ir? Não conheço o Senhor e não deixarei Israel ir." (Êxodo 5:2). Isso, meus amigos, é ateísmo, e a nação representada pelo Egito daria voz a uma negação semelhante das reivindicações do Deus vivo e manifestaria um espírito semelhante de incredulidade e desafio.

A "grande cidade" descrita em Apocalipse 11 também é comparada espiritualmente a Sodoma. A Sodoma literal era bem conhecida por violar a lei de Deus e especialmente por sua conduta imoral e práticas sexuais.

Ellen White escreve, "Segundo as palavras do profeta...um pouco antes do ano 1798, algum poder de origem e caráter satânico se levantaria para fazer guerra à Escritura Sagrada. E na terra em que o testemunho das duas testemunhas de Deus deveria assim ser silenciado, manifestar-se-ia o ateísmo de Faraó e a licenciosidade de Sodoma." Ela então declara, "Esta profecia teve exatíssimo e preciso cumprimento na história da França." (O Grande Conflito, página 269).

Foi durante a Revolução Francesa, em 1793, que um corpo legislativo oficial renunciou por unanimidade à crença e adoração de Deus. nós lemos que "França fica à parte, na história universal, como o único Estado que, por decreto da Assembleia Legislativa, declarou não haver Deus, e em cuja capital a população inteira, e vasta maioria em toda parte...dançaram e cantaram com alegria ao ouvirem a declaração" (O Grande Conflito, página 270).

Em Apocalipse 11:8 lemos, "E os seus cadáveres," referindo-se às Escrituras, "ficarão estirados na praça da grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado."

O que esta frase significa, “Onde o seu Senhor também foi crucificado”? Nós lemos que "Esta especificação da profecia também foi cumprida pela França. Em nenhum país fora o espírito de inimizade contra Cristo ostentado mais surpreendentemente...Na perseguição que a França infligiu aos que professavam o evangelho, crucificou a Cristo na pessoa de Seus discípulos" (O Grande Conflito, página 271).

Durante séculos, o sangue de mártires foi derramado na França — os valdenses, os albigenses e os bravos huguenotes — todos tentaram levar a luz do evangelho a seu país, mas eles foram "perseguidos como animais selvagens" (O Grande Conflito, página 271).

A perseguição aos protestantes na França culminou sob Luís XIV. Um católico devoto conhecido como "O Rei Sol", Luís XIV aprovou o que ficou conhecido como o "Massacre de São Bartolomeu" - um dos massacres mais sangrentos e cruéis de todos os tempos. Naquele terrível massacre, que durou sete dias em Paris, e depois, por ordem especial do rei, estendeu-se às províncias e durou dois meses. No final, 70.000 fiéis de Deus pereceram — jovens e velhos, ricos e pobres, homens, mulheres e crianças.

Dizem-nos que quando a notícia do massacre chegou a Roma, houve grande regozijo. "O canhão de Santo Ângelo reboou em alegre salva; os sinos tangeram em todos os campanários; fogueiras festivas tornaram a noite em dia" (O Grande Conflito, página 273).

O palco estava montado para a sangrenta Revolução Francesa. A Bíblia nos diz em Gálatas 6:7, "Não se enganem: de Deus não se zomba. Pois aquilo que a pessoa semear, isso também colherá." O mesmo espírito mestre que instigou o Massacre de São Bartolomeu também liderou as cenas da Revolução.

Mas mesmo na noite mais escura, Deus não se esquece do Seu povo. Sua Palavra não foi silenciada para sempre. Como veremos em nosso próximo vídeo, Sua luz surgiu das cinzas e passou a brilhar mais do que nunca, trazendo esperança e coragem para a vida de milhões.

Convido você a orar comigo agora mesmo.

Pai do Céu. Dá-nos uma boa compreensão de como, quando as pessoas evitam e anulam a Palavra de Deus, resultados terríveis ocorrem. Senhor, ajuda-nos a aceitar a Tua Palavra, a aceitar a Tua instrução para nós no Antigo Testamento, no Novo Testamento, e a entender que tens mensagens preciosas para nós diretamente da sala do trono do Céu. Proteja e cuide de cada um de nós espiritualmente e de todas as outras maneiras, para que possamos, juntos a muitos outros no passado, defender a verdade bíblica independentemente do que enfrentamos. Obrigado por nos ouvir. Em nome de Jesus, pedimos. Amém.


Ted Wilson é o presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia.