Guarulhos, SP… [ASN] No contexto bíblico de Atos, o apóstolo Pedro reconhece que Deus não faz acepção de pessoas (Atos 10:34) e aceita a todos que o buscam. Mas quando o assunto é acessibilidade e portabilidade nas igrejas, será que os templos e os líderes estão preparados para receber um público com necessidades especiais.

Pela Lei nº 7.853/89 e o Decreto nº 3.298/99, no Brasil hoje existe uma política para a integração da pessoa portadora de deficiência, ou seja, existem normas de acessibilidade para os deficientes. Contudo um atendimento mais pessoal e especializado depende da vocação cristã. Como forma de alcançar e melhor atender esse público, no último final de semana em Guarulhos, a Igreja Adventista organizou o 1º Encontro Consultivo do Ministério Adventista para a Pessoa com Deficiência Visual. O tema do congresso: Ver Além

Com representantes das congregações que já desenvolvem algum tipo de trabalho nesse sentido, o congresso foi organizado pela administração religiosa em nível Sul-Americano. Da região do Vale do Paraíba haviam caravanas das igrejas de Caraguatatuba, Taubaté, Tremembé e Guarulhos. Com palestras, realização de diagnósticos e dinâmicas de grupo, o congresso apontou algumas necessidades mais urgentes.

“Entre elas estão a sensibilização das nossas congregações para a adequação do programa a fim de receber os cegos e surdos e a compra de uma impressora especial em braile pela editora da Igreja Adventista (CPB). Esse é um congresso para sabermos como é a situação em nossas igrejas e criar condições de acessibilidade a todos a fim de congregarmos juntos”, fala o organizador do evento, pr. Edison Choque.

Para o líder desse Ministério na região Vale do Paraíba, pr. Éden Serrano, o encontro vem atender uma necessidade dos fiéis que muitas vezes acabam desanimando na fé. Ressalta também quais os próximos passos para atendimento dos cegos adventistas.

“A partir desse ponto vamos fazer um levantamento de todos os fiéis e simpatizantes que congregam as nossas igrejas, estruturaremos um plano diretor de adequação dos templos e também dar um apoio com materiais bíblicos em brailes e áudio. Também faremos esse mesmo diagnóstico com os surdos, mudos, deficientes em geral e analfabetos. Nossa igreja precisa ser inclusiva na adoração”, ressalta.

O programa ainda contou com a participação do secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antônio José Ferreira, que falou sobre a importância de um ministério organizado para alcançar deficientes visuais.  [Equipe ASN, Mairon Hothon]

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