4 mil livros evangelísticos serão distribuídos na Penitenciária Feminina de Santana, SP
São Paulo, SP ... [ASN] Há nove anos, Audemir de Oliveira toma como desafio pessoal levar o evangelho a locais onde a maior parte da população não tem coragem de entrar, os presídios. Oliveira, de 34 anos, tem dedicado os finais de semana nos últimos...
São Paulo, SP ... [ASN] Há nove anos, Audemir de Oliveira toma como desafio pessoal levar o evangelho a locais onde a maior parte da população não tem coragem de entrar, os presídios. Oliveira, de 34 anos, tem dedicado os finais de semana nos últimos anos ao voluntariado no maior presídio da América Latina, a Penitenciária Feminina de Santana, na capital de São Paulo.
Os cultos
O marceneiro e mais cinco membros da IASD organizam as celebrações eclesiásticas. Os cultos são realizados no pátio da penitenciária. “Lá há várias Igrejas. Elas saem dos pavilhões e vem até nós. Não precisamos chamar. Quando chegamos, a carcereira avisa e logo tem grande silêncio, até maior que nas igrejas, há muito respeito”, relata.
No evangelismo da Semana Santa, 50 detentas fizeram o estudo da bíblia, além do início da leitura do livro “Viva com Esperança”. De acordo com o voluntário, que é o coordenador de evangelismo da Igreja Adventista na penitenciária, serão distribuídos futuramente 4 mil exemplares.
Batismos
Ao longo dos anos, ele viu mais de 60 batismos. “Eu me sinto grato por saber que uma pessoa excluída da sociedade aparece e diz que quer ser batizada e se entregar a Jesus”, se entusiasma.
Para Oliveira o batismo significa mudança. “Um dia o coordenador do presídio de Pernambuco foi até a igreja, em um sábado pela manhã agradecer o trabalho, por meio dele, um dos mais influentes detentos se converteu e as rebeliões cessaram”, argumenta.
Início do trabalho - “Em Pernambuco, eu estava na igreja quando convidaram os membros a fazer evangelismo no presídio. Por três sábados consecutivos, só eu levantei a mão, conta como iniciou o trabalho.
A iniciativa gerou certo espanto, afinal, mesmo sozinho, permanecia a vontade de entrar onde ninguém mais desejou estar. “O coordenador do presídio perguntou se eu era louco por querer entrar sozinho. Até brinquei que se ficasse preso lá, eu iria pregar o evangelho”, lembra em risos.
Tempo depois, o voluntário formou uma dupla de estudos, que iniciou a atividade na detenção masculina. [Equipe ASN, Michelle Martins]