Reunião entre amigos motiva ex-adventista a voltar para a igreja
Depois de anos fora da congregação, programa do Reencontro foi decisivo na vida de Luís Felipe.
Após um dos shows aqui em Curitiba, conheceu uma garota que chamou bastante sua atenção e o namoro foi consequência imediata. O tempo passou e a gravidez chegou, e com apenas 17 anos Felipe precisou assumir a responsabilidade de ser um pai de família. Logo ele buscou outro emprego e começou a se estruturar, mas foi nessa mesma época que sua mãe sofreu um AVC o que mudou totalmente a sua trajetória. Agora, além de dividir o tempo com a nova família ele também precisava cuidar da mãe e dos parentes.
Com essa dupla jornada, com o desemprego que bateu a porta e o envolvimento com o cigarro e alcoolismo, o resultado foi logo no casamento que começou a dar sinais de fim. Até que em setembro do ano passado a esposa tomou a decisão de sair de casa e abandonar o marido e filho, fato que deixou Luís Felipe em depressão. “Parecia que havia chegado no fundo do poço, tudo estava dando errado e agora eu estava sozinho. Foi neste momento que lembrei da igreja da minha infância”, relembra.
Aos poucos começou a assistir aos cultos na igreja do Portão, em Curitiba, e ser um ouvinte assíduo dos ensaios do Chama Coral, pois como ele mesmo diz, “a música é um remédio para a alma”. Após alguns meses decidiu se batizar, mas mesmo assim não havia conseguido vencer ainda a luta contra as drogas, e a depressão ainda era a maior inimiga. Mais uma vez ele se afastou do rol de membros da Igreja Adventista.
Mas o que parecia estar perdido por completo, deu sinais de esperança. Em agosto deste ano ele decidiu mais uma vez voltar, e após um contato com os membros do Chama Coral, um convite especial aconteceu.
“Eu estava no emprego e decidi mandar um recado no facebook do Chama para pedir oração e eles me responderam convidando para um programa que ia acontecer no sábado, chamado de Reencontro. Como já estava voltando a frequentar aos cultos, aceitei para ver como seria e me surpreendi”, ressalta.
E foi nesse programa do Reencontro, que aconteceu no último sábado 30 de agosto na Igreja Adventista do bairro Portão, que o assistente de departamento pessoal decidiu reafirmar sua decisão. Ele não mais queria abandonar a fé cristã e a partir daquele momento decidiu acreditar que Deus tem bênçãos preparadas para ele. Durante a programação que contou com a participação musical do Chama Coral, Coral Adventista Portão, Coral Gotas e Quarteto Saras, um apelo especial foi feito.
“O programa do Reencontro é a celebração de um trabalho desenvolvido durante todo o ano onde mostramos que a saudade é muito dolorida quando não vemos mais os amigos que um dia estavam com a gente. Apelamos para que esses irmãos na fé voltem a estar em nosso convívio por que é aqui o lugar deles”, afirma o pastor Paulo Machado, secretário da Igreja Adventista para a região central do Paraná.
Luís Felipe conta que depois da programação sentiu uma paz de espírito tão grande como nunca havia sentido antes e que foi durante as duas horas de programa do sábado à tarde que ele tomou consciência do quanto havia perdido em estar longe daquele grupo.
“Confesso que ainda não consegui vencer por completo meus vícios e ainda sinto muito desanimo pelo casamento rompido, mas não quero mais me afastar de Deus. Juntos, eu e meu filho vamos congregar nesse grupo que nos recepcionou tão bem e logo quero me rebatizar na Igreja Adventista. Agora quero voltar para ficar”, pontua o jovem de 26 anos.
Aqui é Seu Lugar
Assim como aconteceu com Luís Felipe que viu uma oportunidade de voltar ao convívio dos amigos adventistas, o programa do Reencontro tem o objetivo de buscar os membros ausentes para rol de atividades da Igreja. Paulo Machado explica que o programa do Reencontro acontece em todas as congregações e se constitui em três importantes etapas.
“A fase 1 é aquela quando é listado o nome dos afastados e os membros que conhecem esses amigos, o apadrinham para que eles sempre se sintam envolvidos e lembrados. A segunda fase é o programa do Reencontro quando a igreja se prepara com um culto todo especial. Por fim vem o pós-acompanhamento deste membro que mostrou interesse em voltar. A igreja é uma grande família que precisa estar completa, um banco vazio sempre faz diferença”, ressalta.
No caso da Igreja do Portão, o envolvimento dos voluntários do Ministério da Recepção e da Escola Sabatina foram essenciais para o êxito do programa. “Uma boa recepção é o primeiro passo para a pessoa se sentir bem e acolhida em nosso meio, já as classes de Escola Sabatina fazem o trabalho de envolvimento de quem agora precisa de amigos. Quando nos envolvemos na missão de salvar pessoas, cumprimos com a missão bíblica e nos sentimos realizados com o trabalho”, finaliza o pastor da congregação, pr. Silas Oliveira. [Equipe ASN, Mairon Hothon]