Concílio reforça compromisso com o cuidado espiritual dos novos conversos
Encontro de líderes destaca estratégias de discipulado e entrega materiais de apoio para novos membros na Associação Rio Fluminense

Com o batismo de mais de 900 pessoas apenas nos primeiros meses de 2025, a Associação Rio Fluminense (ARF) tem assumido um compromisso crescente com a permanência e o amadurecimento espiritual de seus novos conversos. Durante o Concílio de Ancionato, realizado neste mês com a presença de anciãos e anciãs de todo o território, a principal ênfase foi clara: não basta batizar, é preciso discipular.
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O presidente da ARF, pastor Felipe Andrade, reforçou a importância desse movimento. “Receber novos membros é uma alegria para a igreja, mas é ainda mais importante garantir que eles cresçam espiritualmente, se integrem e se tornem discípulos ativos. Esse tem sido o foco da nossa liderança.”
Essa foi a ênfase central do Concílio de Ancionato da ARF, realizado com anciãos e anciãs de todo o território. A programação destacou o papel essencial da liderança leiga no acolhimento, discipulado e cuidado contínuo dos novos membros da igreja.
A programação do concílio incluiu a entrega do livro Crescendo na Vida Cristã, do pastor Alejandro Bullón, um material que agora integra o kit missionário para novos conversos em toda a União Sudeste Brasileira (USEB). O livro apresenta orientações práticas para o fortalecimento da fé, com lições sobre oração, estudo da Bíblia e comunhão com Deus. Segundo o pastor Sidinei Santos, responsável pela área que coordena esse processo na ARF, “o livro é um recurso simples e poderoso que ajuda o novo membro a manter viva sua decisão. É uma ponte entre o batismo e uma fé madura”.







Segundo o pastor Sidinei Santos, responsável pelo departamento de mordomia da ARF, a ênfase da União Sudeste Brasileira é clara: “não basta batizar, é preciso discipular”. Ele afirma que o livro será um recurso valioso para fortalecer a fé daqueles que chegam, promovendo compreensão e conexão com os princípios da igreja.
O presidente da ARF, pastor Felipe Andrade, também destacou a importância do cuidado pós-batismal: “Estamos vivendo um tempo de colheita, mas não podemos esquecer que a permanência depende do afeto, do ensino e do vínculo com a comunidade. O ancionato tem um papel determinante nessa missão.”
Experiência prática
Na prática, igrejas como a de Icaraí, em Niterói, têm desenvolvido estratégias eficazes para integrar novos membros. O ancião Anderson Cardoso compartilhou que o processo de acolhimento começa antes mesmo do batismo. A igreja promove almoços semanais, nos quais visitantes são incentivados a se sentar com membros da comunidade, criando laços desde o início. Após o batismo, o novo membro é inserido em Pequenos Grupos, recebe acompanhamento pessoal e participa de classes bíblicas e encontros sociais ao longo da semana.
Além da recepção calorosa, a igreja oferece estudos bíblicos contínuos, classes pós-batismal e encontros semanais com foco em fortalecimento espiritual. Para Anderson, o papel do ancionato é essencial nesse processo: “o ancião conhece a igreja e ajuda a conectar a pessoa ao lugar certo, à família certa. A gente não pode permitir que ninguém caminhe sozinho”.
“Quando alguém chega, ela já é acolhida como família. A partir dali, ela é conduzida para uma jornada de crescimento espiritual, com encontros, amizades e estudos. É impossível não se sentir parte”, explica Anderson.
A iniciativa da ARF reflete um movimento mais amplo da Igreja Adventista na América do Sul: cuidar com intencionalidade daqueles que tomam a decisão de seguir a Cristo. E, para isso, cada ancião, cada membro e cada igreja são chamados a cumprir a missão — não apenas de ensinar, mas de caminhar junto.
O Concílio também reforçou que o crescimento da igreja precisa vir acompanhado de estrutura, intencionalidade e cuidado. O desafio agora é ampliar essas práticas para todas as congregações do campo, criando uma cultura de discipulado que vá além do momento do batismo.
