Uma noite marcada por emoção, lágrimas e profundas reflexões. Essas foram algumas das principais tônicas que marcaram a abertura do Campori Fortes no Rio Grande do Sul, na última quinta-feira. O acampamento reúne, só no estado gaúcho, 3.500 jovens, vindos das mais diversas cidades, mas o mesmo modelo de evento também acontece, de forma simultânea, no Paraná e em Santa Catarina – também entre os dias 01 a 04 de maio.

Quem esteve no Centro de Eventos Serra Park, em Gramado, na primeira noite, vibrou e se emocionou com a entrada de uma bandeira do Rio Grande do Sul, com aspecto de barro, como representação da união e dos esforços de jovens de todo o estado que lutaram para ajudar semelhantes em meio a tragédia climática. Lembrando que mais de 700 mil pessoas ficaram desabrigadas no período e muitas delas só puderam sobreviver por conta da ajuda de voluntários.

O Campori Fortes também marca os 30 anos da realização do primeiro campori promovido pela Igreja Adventista direcionado a jovens no estado. Para celebrar a data, pessoas que participaram de todas as edições e entraram pelo corredor central do auditório e dividiram o palco com líderes eclesiásticos e pessoas que estão participando de evento desta natureza pela primeira vez.

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A programação contou com apresentações musicais do cantor Matheus Rizzo, que conduziu o público, acompanhado por cantores locais, a partir de refrões conhecidos do meio cristão atual, em especial, àqueles no estilo worship. Além dele, o Coral dos Adolescentes do Instituto Adventista Cruzeiro do Sul (IACS), marcou o programa com músicas intercaladas por falas que abordaram o desafio de manter a fé e os valores em um mundo que trata narrativas cristãs como relativas ou inconvenientes.

Por fim, o pastor e líder de comunicação da Igreja Adventista do Sétimo Dia para todo o estado de São Paulo, Odailson Fonseca, trouxe uma reflexão que fez os jovens refletirem sobre sua condição espiritual – a da proximidade ou distância de Jesus. A abordagem do tema impressionou a jovem Yasmin Costa, que saiu de Gravataí, região metropolitana de Porto Alegre, para acompanhar o evento.

“Eu senti que foi muito necessário pra mim [o que foi falado aqui] porque, nesse tempo de TikTok, redes sociais, a gente se perde muito tentando entrar em um padrão e acaba esquecendo o sentido e o significado das coisas. Focamos muito em coisas do começo, do agora, que não tem tanta relevância, sendo que o mais importante é o fim disso, os resultados, as consequências, e no caso, a busca pela eternidade. E as músicas cantadas aqui hoje também me emocionaram bastante”, ressalta.

A edição 2025 do Campori Fortes - do Rio Grande do Sul - ainda vai contar com participações dos artistas solo Sérgio Saas, Daniel Lüdtke, além de Vocal Livre e Arautos do Rei. Os participantes ainda terão nos próximos dias, mensagens especiais com o arqueólogo Rodrigo Silva, o orador do programa de TV e rádio A Voz da Profecia, Gilson Brito, além de líderes do departamento adventista que atende jovens em diferentes regiões e instâncias, como Carlos Campitelli (oito países sul-americanos), Gustavo Marques (sul do Brasil) e Eduardo Batista (Bahia e Sergipe).

Além de acompanhar os cultos públicos em um auditório, os participantes seguem acampados em outro pavilhão do centro de eventos, com quase 3 mil barracas dispostas para descanso. O evento oferece uma infraestrutura moderna, com palco, painéis de LED, restaurante no local, banheiros com chuveiros, áreas para fotos e convivência, além de contar com segurança e equipe de atendimento à saúde.

Na manhã desta sexta-feira (2), os jovens farão homenagens a profissionais de serviços essenciais que seguem trabalhando durante o feriado do Dia do Trabalhador. As ações ocorrerão simultaneamente na Brigada Militar, Corpo de Bombeiros e no Hospital Arcanjo São Miguel.