"O desejo dela era que eu estivesse nesse momento", conta pai da aventureira
Cerimônia batismal marcou o compromisso espiritual de Djolie, de 8 anos, e renovou a esperança no retorno de Jesus
Diagnosticado com um glioma difuso infiltrativo — um tipo de tumor cerebral raro e inoperável —, Willie Braun, instrumentador cirúrgico, começou a perceber sintomas como dormência nas pernas e mãos, o que inicialmente foi interpretado como estresse. Após uma investigação mais aprofundada e uma internação hospitalar, os exames revelaram a existência da lesão cerebral e tempos depois, um nódulo de 0,6 centímetros no lobo temporal.

Enquanto alguns sintomas avançavam — como o aumento das crises convulsivas e alterações cognitivas causadas pela progressão do tumor — sua filha Djolie Braun, de apenas 8 anos, expressava insistentemente o desejo de se batizar. Criada em um lar adventista e envolvida com as atividades da igreja desde cedo, especialmente por meio do Clube de Aventureiros, a menina estava firme em sua decisão. Entretanto, sua família optava por esperar, desejando que ela desenvolvesse uma maior maturidade espiritual aos olhos humanos.
Contudo, após alguns meses a situação mudou. "Como ele tem tido mais intercorrências, pode ser que a doença dele esteja progredindo. Então, como não atender o desejo da Djolie?", conta Djoice Brau, esposa do Willie. “Sabemos da esperança da vida eterna, e esse era o desejo dela e nosso: ver o pai presente nesse momento tão importante”, completa.

E assim, na manhã do primeiro sábado de abril (5), na Igreja Adventista Central de Laranjeiras, enquanto Djolie descia às águas batismais, um sentimento se firmava em seu coração: o sonho de um dia estar no céu junto com toda a sua família. Quanto ao diagnostico, Braun conta que "muita gente pode se desesperar, mas todos os nossos dias pertencem a Deus, e a gente está aqui para cumprir o propósito de Dele na nossa vida”.