O início do ano letivo de 2025 trouxe uma novidade que conquistou os alunos das escolas adventistas da região oeste do Paraná: filhotes de Golden Retriever. Conhecida por seu temperamento dócil e sociável, essa raça foi escolhida por interagir bem com crianças e adolescentes.

Mais do que alegria, os cães desempenham um papel importante no bem-estar emocional dos estudantes ao promover valores como empatia, respeito e cooperação.

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Inovação no acolhimento escolar

A introdução de cães no ambiente escolar partiu da convicção de que os animais contribuem significativamente para o desenvolvimento emocional e social das crianças e adolescentes. Inspirada por outras unidades da Educação Adventista que implementaram projetos semelhantes, a direção das escolas no oeste paranaense adotou a iniciativa, inicialmente voltada para apoiar alunos com crises de ansiedade. No entanto, em poucos dias, ficou evidente que os cães poderiam beneficiar toda a comunidade escolar.

A interação com os filhotes mudou a rotina nos corredores das escolas. Situações que antes geravam ansiedade, como momentos que antecedem provas, ou desentendimentos entre colegas, deram lugar a interações mais positivas, marcadas por carinho e conexão. Com uma presença tranquila, os cães passaram a atuar como um ponto de apoio emocional para os alunos ao longo do dia.

A escolha da mascote

A escolha dos Golden Retrievers não foi por acaso. Conhecidos pela doçura, inteligência e facilidade de socialização, os cães passam por treinamento profissional três vezes por semana. Nos finais de semana, a equipe escolar se reveza para cuidar deles, o que assegura um desenvolvimento saudável e equilibrado.

Os pais também apoiam a iniciativa. Muitos relatam que a presença dos cães ajuda os filhos a lidarem melhor com a ansiedade e o estresse escolar, especialmente aqueles que sempre quiseram um animal de estimação, mas não podiam ter um em casa. “Meu filho sempre chega contando as brincadeiras que fez com a Mel [a filhote de Golden Retriever]. Ele nunca esteve tão empolgado para ir à escola!”, disse uma mãe.

Cacau no Colégio Adventista de Cascavel (CAC)

Mais do que apoio emocional, a cachorrinha Cacau tem reforçado valores como respeito à natureza e responsabilidade coletiva. A filosofia da Educação Adventista incentiva a conexão com o meio ambiente e princípios espirituais, e a presença da mascote tem complementado esse aprendizado.

Outro impacto positivo foi na organização da escola: os alunos passaram a ser mais atentos à higiene dos espaços compartilhados. “A convivência com a Cacau tem estimulado a atenção e o engajamento dos alunos”, afirmou Felipe Cardoso, diretor da instituição.

O envolvimento dos pais tem sido notável. Muitos estão tão empolgados com a Cacau que já manifestaram interesse em levá-la para passeios nos finais de semana. “O maior desafio agora será fazer com que ela volte para a escola depois”, brincou Cardoso.

Mel no Colégio Adventista de Campo Mourão (CACM

As escolas já observaram mudanças significativas desde a chegada dos cães. Para Aline Gonçalves, diretora do Colégio Adventista de Campo Mourão, “a convivência com Mel tem despertado nos estudantes um maior senso de responsabilidade e empatia”.

O filhote é aguardado todos os dias pelos alunos, que fazem questão de cumprimentá-la antes das aulas. Durante os intervalos, ela é cercada por crianças e adolescentes que buscam interação. Além disso, a pontualidade dos alunos aumentou, com muitos chegando mais cedo para passar um tempo com Mel antes de entrarem na sala de aula.

Aline ainda ressalta: “O impacto dela foi muito maior do que imaginávamos. Começamos com a intenção de proporcionar apoio emocional, mas vimos que sua presença fortalece vários aspectos do aprendizado e da socialização”, pontuou.

Amora na Escola Adventista de Toledo (EAT)

A terapia assistida por cães tem se mostrado uma abordagem inovadora na Escola Adventista de Toledo, com a cachorrinha Amora, também uma Golden Retriever. A presença de Amora tem ajudado alunos que enfrentam dificuldades emocionais, criando um ambiente mais seguro e acolhedor. “A experiência com Amora tem sido transformadora, reforçando o compromisso da escola com o bem-estar integral dos alunos”, disse a diretora Telma Alexandre.

Futuro promissor

Apesar de ainda estar nos primeiros meses, os resultados são promissores. A equipe pedagógica planeja expandir o projeto, criando atividades específicas que integrem os cães de forma mais estruturada ao cotidiano escolar. O objetivo é estender essa iniciativa a outras unidades. Atualmente, a Educação Adventista no Oeste Paranaense conta com sete unidades e cerca de 4.379 alunos.

Os diretores participaram de uma entrevista na Rádio CBN Cascavel e compartilharam detalhes sobre o projeto e seu impacto na escola. Assista!

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