A Copa da vida
Esta Copa do Mundo no Brasil tem sido pródiga. Pipocam situações inusitadas e feitos esquisitos dentro e, especialmente, fora de campo. Esportiva, social, política e economicamente, este torneio serve para tantas análises, posicionamentos, convicções...
Esta Copa do Mundo no Brasil tem sido pródiga. Pipocam situações inusitadas e feitos esquisitos dentro e, especialmente, fora de campo. Esportiva, social, política e economicamente, este torneio serve para tantas análises, posicionamentos, convicções e teses que se validam e convalidam ao sabor das visões de mundo que se têm e que se deseja sejam, de alguma forma, hegemônicas... Isso é tão certo como dois e dois são quatro! Afinal, ninguém se arrisca, se posiciona ou se mostra sem o desejo latente de ser seguido, aceito, considerado ou apoiado.
Como nosso espaço é, por definição e natureza, ético prático, convido-vos a meditar sobre um desses itens que têm chamado atenção: reparou no fervor com que têm os atletas cantado os hinos de seus países? Algumas seleções, a brasileira especialmente, já têm sido criticadas pela volúpia e fervor com que soltam a voz... Na crítica ao Brasil, estão como que dizendo que seria bom que esses atributos tivessem razão diretamente proporcional ao desempenho futebolístico... Coisa que nessa Copa, ao menos pontualmente, parece não ter aparecido!
Fico a pensar no conceito espiritual da Copa. Há um espírito esportivo-nacionalista latente em meio aos jogos que faria bem ao cristianismo manifestar, não é mesmo? Quando pensamos que somos chamados a ser concidadãos do reino eterno e que essa condição futura implica em sermos, aqui, no tempo de preparo, estrangeiros e peregrinos, faria bem colocarmos as coisas no diapasão correto, não é mesmo? E o que seria isso, na prática?
Dar o nosso melhor como cidadãos responsáveis diante da ética política, social e, sobretudo, espiritual, que rege o convívio em sociedade. E o que vem a ser o conceito "responsabilidade"? Etimologicamente, de forma simples, é ter habilidade de responder! Precisamos ser "responsáveis" ou "habilitados a responder" acerca de nosso papel como cidadãos da Terra com os olhos voltados ao céu. Altas expectativas aqui, numa terra de cidadania manchada e viciada, segundo as Escrituras, não devemos nutrir. O que não nos isenta de contribuir positiva e eficazmente pois "tudo que a ti vier faze-o conforme as tuas forças, como a Deus e não a homens", parafraseando juntos a Salomão e Paulo.
Faria bem a esta "Pátria de Chuteiras" uma cidadania apta a responder sobre valores e princípios acima dos comumente praticados. Uma cidadania habilitada a responder acerca de condutas e legados muito mais perenes e profundos do que a fugacidade das éticas que pós-Copa se perderão abafadas pela "realidade" do legado que tanto se discutiu pré-Copa.
Convido-vos a cantar, a plenos pulmões, o hino da vida santificada, da ética do Reino da Graça e do Reino da Glória. A soltar a voz por uma Pátria celestial cuja nacionalidade será verdadeiramente sem partidarismos, correntes filosóficas ou políticas, sob um governo que não será totalitário nem democrático, mas teocrático! Um governo cuja diretriz nunca foi 50 anos em 5, Brasil sem miséria ou algo do gênero, mas a lei do amor e da justiça que vêm de Deus.
O mais bonito disso é que para os iniciados em Bíblia Sagrada, conhecedores dos escritos proféticos que dizem respeito aos acontecimentos futuros, uma cena descrita no Apocalipse de João revela que cantaremos o hino dessa Pátria Celestial. Qual será? O cântico de Moisés e o cântico do Cordeiro! Cânticos que dão grandes pistas sobre a base do governo de Deus, mas isso, quem sabe, falamos em outro momento... Uma isca pra tê-los comigo nas próximas oportunidades... Que meus amigos publicitários não me leiam, mas nesse caso a propaganda é a alma do negócio!