Participar de eventos com aglomeração de pessoas, som alto e diversos estímulos sensoriais é desafiador para pessoas com necessidades especiais, como autismo e TDAH, ainda mais para crianças com dificuldades sensoriais, comportamentais ou emocionais. Para atender esse público, o XIII Aventuri da Associação Central Paranaense preparou um local reservado – a sala de integração sensorial. Trata-se de um espaço projetado para estimular ou acalmar os sentidos por meio de atividades sensoriais, ajudar as crianças a desenvolverem habilidades motoras, sociais e cognitivas, além de ser um lugar de relaxamento e autorregulação.

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A sala de integração sensorial foi equipada com bolas terapêuticas, balanços, luzes suaves, texturas diversas, brinquedos de manipulação e sons relaxantes para explorar estímulos sensoriais de forma lúdica. Tudo montando em um ambiente seguro, próximo ao auditório do evento. O espaço tinha também uma TV com a transmissão ao vivo do Aventuri, para que as crianças e acompanhantes permanecessem inseridas na programação.

Primeira iniciativa na Região Sul e livro ajudará líderes na inclusão de crianças

O espaço nesse formato foi o primeiro em eventos da Igreja Adventista do Sétimo Dia na Região Sul do Brasil. Há registros de salas de integração sensorial em um Aventuri em Brasília (DF) e em Barretos (SP), no último Campori de Desbravadores da União Central Brasileira.

“A ideia desse espaço surgiu em conjunto com o João Rodrigo Gabriel de Lima, estudante de Psicopedagogia e um estudioso do autismo, com a Isabel Cristina, líder regional de aventureiros da 7° região da ACP, e com o Anderson Sakuma, coordenador de aventureiros da ACP, com o objetivo de incluir todas as crianças no Aventuri. Além disso, está sendo escrito um livro para auxiliar nossos líderes na inclusão das crianças com deficiência nas atividades cotidianas dos clubes”, explica a professora Karyn Lopes, uma das voluntárias que atuaram na sala de integração social no evento realizado em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (PR).

De acordo com Karyn, a sala promoveu a inclusão, permitindo que crianças com diferentes necessidades participassem das atividades do Aventuri. “Ajuda as crianças a lidarem melhor com o estresse ou sobrecarga sensorial, tornando a experiência do acampamento mais agradável. Também fortalece habilidades sociais e de comunicação, ao proporcionar um ambiente no qual as crianças interagem com diferentes estímulos sensoriais de forma supervisionada”, avalia.