O 10º Congresso Internacional da Associação de Médicos Adventistas (AMA) aconteceu entre os dias 25 e 28 de setembro. Pela primeira vez fora do Brasil, foi realizado na Universidade Adventista del Plata (UAP) e contou com a presença de mais de 450 representantes de países como Argentina, Brasil, Uruguai, Chile, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, entre outros.

Este evento, organizado com a colaboração de médicos, professores e a equipe de multimídia da UAP, teve como foco o tema O papel do médico adventista num planeta em estado crítico, abordando a responsabilidade dos profissionais de saúde não apenas de um ponto de vista técnico, mas também espiritual.

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Durante o Congresso, foi realizada uma série de oficinas sobre prevenção do estresse, cessação do tabagismo e temas como sexualidade e pornografia, liderados por profissionais especialistas em cuidados com a saúde mental. Foram apresentadas reflexões espirituais, incluindo a do doutor Peter Landless, diretor do Departamento de Saúde da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Atividades comunitárias foram realizadas para oferecer cuidados e aconselhamento gratuitos às famílias em situação de vulnerabilidade.

AMA e sua missão

O doutor Dorival Duarte, fundador da AMA e diretor clínico do Hospital Adventista de São Paulo, no Brasil, afirma que o início e a missão da Associação se baseiam na formação de um legado de serviço e profissionais que façam a diferença. “Ser médico-missionário envolve não apenas ser um profissional competente, mas também ter a capacidade e o dever sagrado de refletir Jesus. Através das experiências e apresentações do congresso, vemos que os objetivos da AMA estão se cumprindo”, expressou Duarte.

Ele também dirigiu uma mensagem especial aos estudantes de Medicina. “Meu conselho para eles é fazer da Bíblia seu principal livro. Se colocarem Deus em primeiro lugar, serão profissionais de sucesso e terão uma percepção maior das disciplinas e especialidades que estudam”, enfatizou.

Outra das fundadoras da AMA, a doutora Ieda Domiciano, destacou a importância do Congresso. “Nosso propósito é unir os médicos adventistas da Argentina e de outros países para que possamos ser mensageiros da Palavra de Deus. A realização do Congresso fora do Brasil é um sinal de crescimento, unindo forças e ampliando o impacto da missão em mais regiões”, destacou.

Em relação ao tema do encontro, a doutora lembrou que “o planeta enfrenta desafios críticos, e nós, como médicos adventistas, devemos nos colocar nas mãos de Deus para sermos Seus instrumentos. Ele é quem nos guia em cada passo”.

Congresso

O evento não foi apenas um momento para a formação acadêmica e profissional, mas também para o fortalecimento espiritual. O doutor Lucas Ornelas, de Minas Gerais, enfatizou isso. “Este Congresso foi muito importante para mim. Em minha cidade, não tenho médicos adventistas como referência. Então, aqui eu pude interagir com colegas que, como eu, praticam a medicina numa perspectiva cristã. Este encontro foi renovador para minha vida espiritual”, ressaltou Ornelas.

Danielle da Silva, estudante do quarto ano de Medicina na UAP, afirmou que “é muito enriquecedor contar com um espaço como este para nós, os estudantes. Ouvir médicos compartilharem suas experiências e como integram a mensagem adventista em sua prática profissional foi inspirador”.

Uma experiência transformadora

O reitor da UAP, Horacio Rizzo, destacou a relevância estratégica da realização deste evento na Universidade, mostrando que “este tipo de Congresso gera vínculos valiosos com as instituições médicas adventistas, não apenas em nível nacional, mas também internacionalmente. Por meio dessas experiências, os alunos podem encontrar oportunidades de trabalho nas instituições da Igreja e formar-se como profissionais comprometidos com a missão adventista”.

O 10º Congresso Internacional da AMA não apenas proporcionou treinamento médico, mas também revitalizou o compromisso de cada participante com a missão de servir a Deus através do atendimento aos pacientes.