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Cultura nordestina brilha em noite literária na Escola Adventista de Goioerê-PR 

Os alunos foram os grandes protagonistas dessa noite especial


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Alunos da educação infantil 5 anos e 1º ano do ensino fundamental da manhã, apresenta a Música "A vida do viajante" de Luiz Gonzaga (Foto: Divulgação)

Na última quinta-feira, 19, a Escola Adventista de Goioerê, interior do Paraná, transformou-se em um verdadeiro palco para a cultura nordestina. O evento, intitulado "Noite Literária Nordestina", reuniu arte, poesia e música, onde os alunos se destacaram como protagonistas de uma celebração que homenageou a rica herança cultural do Nordeste brasileiro.

Logo na entrada, os visitantes foram recebidos com uma "exposição de pinturas" feitas pelos próprios alunos, trazendo releituras de grandes artistas nordestinos. A imersão visual encantou o público de cerca de 500 pessoas, ao mesmo tempo em que os convidava a refletir sobre a força da cultura popular nordestina, ainda tão viva mesmo no interior do Paraná.

O evento contou com a presença especial de Aecio Takada, imigrante japonês, que acompanhava seu neto, Davi Takada. Emocionado, Aecio comentou sobre a importância de eventos como esse, que permitem às novas gerações conhecerem e apreciarem a diversidade cultural do país. "É bonito ver essa valorização das raízes brasileiras. A arte e a cultura do Nordeste são tão ricas e precisam ser celebradas", destacou.

Durante o evento, a aluna Esther Tataro , do 4º ano, emocionou o público ao pintar ao vivo uma imagem do icônico Luiz Gonzaga, o "Rei do Baião". Para Ester, participar do festival dessa forma foi um privilégio. "Poder homenagear Gonzaga e a cultura do Nordeste através da arte foi uma experiência incrível. Sinto que consegui conectar um pouco da minha arte com essa tradição tão forte", afirmou.

Esther Tataro , do 4º ano, pintando a figura do saudoso Luiz Gonzaga (Foto: Divulgação)

A noite também foi marcada por encenações teatrais e declamações de poemas, que deram voz à resistência, coragem e beleza do povo nordestino. Canções típicas ecoaram pelo auditório, emocionando todos os presentes com a autenticidade e profundidade cultural trazidas pelos alunos.

O diretor da Escola Adventista de Goioerê, professor Pedro Henrique , também compartilhou sua satisfação com o sucesso do evento. "Esta noite foi muito mais do que uma celebração da cultura nordestina, foi uma verdadeira aula de história, identidade e pertencimento. Ver nossos alunos se entregando de corpo e alma, representando com tanto carinho e respeito as tradições do Nordeste, é motivo de grande orgulho para todos nós. A arte e a educação andam de mãos dadas, e hoje vimos o quanto nossos jovens são capazes de valorizar as raízes culturais do nosso país. A Noite Literária Nordestina ficará marcada na história da nossa escola como um momento de profunda conexão e aprendizado, concluiu"

O momento mais tocante da noite veio com a homenagem a Alaíde Martins, uma baiana de 80 anos, uma das primeiras migrantes nordestinas a se estabelecerem em Goioerê. A pequena Gabriela Muniz , aluna do 4º ano, entregou uma pintura com a imagem de Alaíde, simbolizando o reconhecimento e o carinho por sua história. Alaíde, emocionada, agradeceu a homenagem, reforçando a importância de manter viva a memória e as tradições de sua terra natal. "Eu nunca imaginei receber uma homenagem tão linda como essa, especialmente depois de tantos anos vivendo aqui em Goioerê. Cheguei da Bahia com minha família buscando novas oportunidades, e ver minha história ser lembrada por esses jovens me enche de alegria e orgulho. A cultura nordestina é minha raiz, e saber que ela está sendo valorizada dessa forma, tão longe de onde tudo começou, é uma emoção que não consigo descrever. Agradeço de coração a todos os envolvidos e, especialmente, à pequena Gabi e Escola Adventista pela linda pintura. Vou guardar esse momento para sempre, disse a dona Alaíde"

Entre poesias, encenações e homenagens, a Noite Literária Nordestina deixou uma marca profunda na Escola Adventista de Goioerê. Mais do que um evento cultural, a celebração mostrou que a cultura pode atravessar fronteiras e tocar o coração de todos. A arte, nas mãos e vozes dos jovens, tornou-se uma poderosa ferramenta de valorização das raízes e tradições que fazem parte da história de muitos brasileiros.

Essa noite especial reafirmou que a educação vai além das salas de aula — é também um caminho para preservar e honrar a identidade cultural de um povo.