Moradora dos Estados Unidos adota família afetada pelas enchentes no Rio Grande do Sul
Projeto permite que pessoas contribuam com aqueles que perderam itens essenciais
O Rio Grande do Sul enfrenta as consequências da pior enchente da história. Este assunto se tornou pauta não só no estado, mas em notícias a nível nacional e mundial. Marcas, lojas, atletas e influencers direcionaram recursos para o Rio Grande do Sul. E pessoas comuns também se envolveram e buscaram formas de contribuir com as diversas iniciativas de ajuda humanitária.
Ângela Maria mora na Filadélfia, Estados Unidos. Ela ficou sabendo do projeto Adote uma Família através da sua igreja local e prontamente “apadrinhou” a família da Beatris Jardim, moradora da cidade de Guaíba, região metropolitana de Porto Alegre.
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“Se a gente não ajudar ao nosso próximo, não adianta nada estarmos aqui nesse mundo. A gente tem que fazer a nossa parte com o que podemos, o que não podemos a gente deixa nas mãos de Deus”, comenta Ângela.
A atendente do projeto Adote uma Família entrou em contato com Beatris Jardim informando sobre a possível doação que seria do exterior. A gaúcha compartilha que foi a primeira vez que teve que enfrentar uma situação assim. Ela conta como esse processo de “adoção” está fazendo toda a diferença nesse recomeço com o seu esposo e filho.
“Me passaram o contato da Ângela, falei com ela, e ela me disse que queria saber o que nós precisávamos de imediato. Nem acreditei quando recebi, fiquei com um misto de sentimentos, nervosa, feliz... muito grata por Deus ter colocado esta família no nosso caminho”, agradece Beatris.
O projeto Adote uma Família é uma iniciativa da Associação Sul rio-grandense (ASR), sede administrativa da Igreja Adventista do Sétimo Dia para a o sul do estado do Rio Grande do Sul.
Ele começou quando as pessoas perderam seus pertences com as enchentes, que foram suficientes para destruir o que comunidades inteiras demoraram “a vida toda” para construir.
Como participar do projeto
É possível que pessoas em qualquer lugar do Brasil e do mundo façam doações, assim como a Ângela Maria, que não viu fronteiras para participar dessa corrente de solidariedade. O processo é simples: basta digitar no seu navegador ou clicar no link: sos.asr.org.br
Na página inicial estão disponíveis algumas informações como o nome de cada representante das famílias. Clique na opção QUERO AJUDAR e, então, será direcionado para o WhatsApp, onde será atendido por um dos representantes do projeto.
É possível ajudar com valores em dinheiro ou com itens específicos como eletrodomésticos e móveis novos, que devem ser enviados para o endereço da família.
Para Tiago Fraga, secretário-executivo da ASR, a religião mais genuína se apresenta quando aliviamos o sofrimento das outras pessoas: “Saber que tem gente bem perto de nós sofrendo, isso tem que mexer com a gente, tem que mexer com o nosso coração e tem que mexer com o nosso bolso também”.
Fraga complementa que esse é um momento de mostrar a relevância da igreja, a oração é importante, mas ela precisa andar de mãos dadas com a ação. “Têm pessoas que perderam tudo, um sacrifício da nossa parte pode ser realmente essencial para mudar a vida de alguém, para ajudar alguém ter uma retomada um pouco mais tranquila”, finaliza.