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Adoção: data comemorativa dá visibilidade ao assunto

Dia 25 de maio foi comemorado o Dia Nacional da Adoção. Conheça a história de um casal que adotou seu filho recentemente e qual a realidade da adoção no país.


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Julyanne, 38, e Silanio, 41, tentaram engravidar por oito anos. Tratamentos e cirurgias fizeram parte do processo para tentar ter um filho. Durante esse período, surgiu a opção da adoção: “A gente tinha dúvida se era realmente esse o caminho. Através das reuniões do grupo de apoio a gente leu bastante, viu bastante filme, conversou com pessoas que já tinham adotado... Superamos o luto do filho biológico que não veio e decidimos que esse era o caminho mais acertado. A gente vai ser um testemunho e inspiração pra outras pessoas. Até porque é bíblico que nós fomos adotados através de Jesus, então por que não adotar, se nós temos condições e um coração aberto a isso?", explica Julyanne.

Em dezembro do ano passado Julyanne participou do programa Identidade, da TV Novo Tempo, para contar sua experiência como tentante. Na época, ela e seu marido já tinham dado entrada no processo de adoção. Cinco meses depois, sua espera se tornou realidade. "Eu estava no trabalho, quase saindo, quando recebi a ligação, vi o número e fiquei em estado de choque, sem saber o que ia falar. E aí quando a gente viu o bebê se apaixonou de primeira. Foi um sonho realizado.", conta emocionada.

Participação de Julyanne no programa Identidade. (Imagem: Youtube)

No dia 25 de maio foi comemorado o Dia Nacional da Adoção. A data existe para dar mais visibilidade ao assunto e para conscientizar a população sobre o que está envolvido no contexto da adoção. A juíza e membro da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (CEJA), Ana Carolina Avellar, explica: "É importante que a pessoa tenha em mente que o processo de adoção não é uma burocracia. É acima de tudo uma segurança tanto para as crianças, quanto para as famílias que recebem essas crianças ou adolescentes pra adoção."

Segundo o Sistema Nacional de Adoção, cerca de 4.700 crianças e adolescentes aguardam serem adotadas, enquanto estão disponíveis 30.200 pretendentes. Essa disparidade entre os números tem motivo: "O principal fator impeditivo da adoção é a idade. Se uma criança tem 8 anos a chance dela ser adotada já é muito reduzida. Outro fato é grupo de irmãos, pois às vezes tem um maior e um menor ou três, quatro irmãos. A questão da idade, problemas de saúde e ser um grupo de irmãos é com certeza o que mais impacta.", aponta a juíza.

Painel de acompanhamento do Sistema Nacional de Adoção (Imagem: paineisanalytics.cnj.jus.br).

Uma das estratégias utilizadas pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco e regulamentado pelo Conselho Nacional de Justiça é a Busca Ativa. Através dela, são divulgados na conta do Instagram do CEJA (@ceja_pe) vídeos e fotos de crianças e adolescentes que não foram adotadas, gerando maior proximidade com pretendentes interessados. Segundo Ana Carolina, 60% das crianças e adolescentes divulgados na busca ativa acabam sendo adotadas.

Para tirar dúvidas e saber se esse é realmente o caminho escolhido para ter um filho, a melhor opção é buscar informações: "Está em dúvida? Procure a Vara da infância e Juventude. Todos os fóruns são orientados para receber essas pessoas e dar toda orientação possível", esclarece a juíza.

Assista a reportagem para o programa Revista Novo Tempo: