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Campanhas de ajuda ao Rio Grande do Sul acontecem no sul de Rondônia  

Igrejas e Escolas Adventistas se empenharam em ajudar através da mobilização de pessoas e criação de pontos de coleta de roupas, água mineral e outros itens.


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Alunos do Colégio Adventista de Ji-Paraná se mobilizam em arrecadações para o Rio Grande do Sul.
Alunos do Colégio Adventista de Ji-Paraná se mobilizam em arrecadações para o Rio Grande do Sul. (Foto: Karen Book)

O Rio Grande do Sul enfrenta a pior tragédia climática de sua história. Atualizado na manhã desta quarta-feira (22), o novo boletim da Defesa Civil do estado informou que o número de mortes subiu para 161 desde o início das enchentes, no final de abril. 

A calamidade forçou mais de 580 mil pessoas a deixarem suas residências, e mais de 60 mil estão em abrigos. Há cerca de 82 pessoas desaparecidas e 806 feridos. Ao todo, 467 dos 497 municípios do estado foram afetados, atingindo mais de 2,3 milhões de pessoas. 

Por isso, pessoas no Brasil e ao redor do mundo tem se mobilizado para ajudar com doações em dinheiro ou com o envio de itens essenciais para as pessoas que estão enfrentando esse desastre, que destruiu muitos bens materiais e tirou a vida de diversas pessoas.

Mobilização em Ji-Paraná

Em Ji-Paraná, a Educação Adventista colocou a mão na massa e o Colégio Adventista da cidade se tornou um centro de coleta e arrecadou diversos itens para doação. Alessandro Vasconcelos, pastor e professor da Instituição, relata que, entre os projetos planejados para o ano, estava uma campanha de arrecadação para pessoas carentes. No entanto, devido à urgência da situação no Rio Grande do Sul, eles decidiram antecipar a agenda.

O pastor destacou a rapidez e eficiência da resposta comunitária. "Decidimos fazer nosso movimento como colégio. Organizamos tudo em dois dias e conseguimos uma excelente resposta dos pais, alunos e amigos do colégio", comentou. As doações foram organizadas e preparadas para facilitar a distribuição às vítimas no RS, graças ao esforço coordenado da comunidade escolar.

Ajuda de professores e alunos

Gioconda Michaela, professora de Educação Física no colégio, foi uma das pessoas a ajudar na iniciativa. Sensibilizada pela situação, ela encorajou seus alunos a se envolverem em uma campanha de doações. "Tenho um desejo de ajudar as pessoas, cultivar empatia e fiquei profundamente comovida com a situação no Rio Grande do Sul", compartilhou a professora.

Ela e seus alunos se dedicaram à triagem das roupas doadas, separando-as por tamanhos, tipos e destinatários, antes de empacotá-las em sacolas transparentes, devidamente identificadas. "Foi uma forma que encontrei para amenizar o trabalho das equipes de frente que estão cansadas pelo trabalho exaustivo", explicou Gioconda.

Mobilização em Cacoal

Em meio à pior tragédia climática já registrada no Rio Grande do Sul, Thaís Violato, que mora na cidade de Cacoal, também se viu profundamente impactada pela situação. Abalada pelos relatos angustiantes e imagens das enchentes, ela não pôde ficar inerte diante do sofrimento alheio.

"As notícias das chuvas e inundações na região sul, com os relatos de mortes e pessoas que perderam tudo, me sensibilizaram muito, então junto com minha família decidi ajudar de alguma forma", conta Thaís. 

Movida pela compaixão e pelo desejo genuíno de ajudar, ela se uniu aos jovens da Igreja Adventista da cidade de Cacoal e deram início a uma mobilização em prol das vítimas. Além disso, criaram um ponto de coleta de kits de higiene, água mineral, roupas, e até ração para animais de estimação em um posto de combustível pertencente à família de Thais. 

Jovens envolvidos na causa

Sarah Novais, uma das líderes responsáveis pela comunidade jovem da Igreja Adventista Central de Cacoal, também se envolveu na campanha de doações. "Passamos por uma situação parecida em nossa cidade, claro que em proporções menores, mas vimos famílias perderem tudo. Isso nos motivou a ajudar também", explicou a líder.

Os jovens envolvidos conseguiram ajuda de famílias locais, empresas e até mesmo da prefeitura da cidade. No entanto, o que começou como uma resposta urgente às necessidades imediatas das comunidades afetadas, logo se transformou em algo muito mais profundo.

Envolvimento espiritual

Como resultado desse envolvimento, esses jovens começaram a se reunir em pequenos grupos de oração e outros encontros com o objetivo de fortalecer a fé uns dos outros. Thaís admite que, após o engajamento com as arrecadações, e com os encontros de oração, sua vontade de servir a Deus e as pessoas tem aumentado. "Tenho sentido minha fé se fortalecendo e dentro de mim está voltando o amor em adorar a Deus", expressa. 

No processo de coleta e distribuição de doações, ela testemunhou não apenas a generosidade das pessoas, mas também sua própria redescoberta espiritual. Em sua solidariedade, ela encontrou um meio de se reconectar com Deus e com o propósito de servir ao próximo. 

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Impacto da solidariedade 

A mobilização das igrejas e escolas adventistas não só impactou positivamente as vidas afetadas, mas também promoveu um forte senso de união e propósito coletivo. "Ajudar as vítimas das enchentes trouxe um profundo sentimento de amor ao próximo e gratidão," reflete Gioconda Michaela, ecoando o sentimento de muitos envolvidos.

Para todos os envolvidos, a experiência de ajudar as vítimas da enchente no RS teve um impacto profundo. "Ajudar os outros promove a empatia e fortalece os laços de solidariedade. A ajuda mútua se torna ainda mais essencial e pode gerar um forte senso de união e propósito coletivo", refletiu a professora Gioconda.

À medida que os impactos da tragédia vão se manifestando, a solidariedade se torna uma esperança. E, como destaca Thaís Violato, "pensar que o mínimo que fazemos aqui, faz a diferença para quem está sofrendo lá, me motivou, e eu quero fazer muito mais." Ela finaliza reafirmando seu compromisso com a solidariedade: "Enquanto essas pessoas estiverem precisando, eu vou ajudar."

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