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Maio Laranja destaca importância da prevenção ao abuso sexual infantil

Lar Lygia Hans, que acolhe crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, faz campanha


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Maio laranja
Campanha do Maio Laranja destaca a importância de conscientizar adultos e crianças sobre a prevenção ao abuso sexual infantil. (Foto: Divulgação)

O mês de maio marca o início da campanha Maio Laranja, uma iniciativa essencial na luta contra o abuso e a exploração sexual infantil no Brasil. Este movimento visa conscientizar a sociedade sobre a urgência e gravidae desse problema que afeta milhares de crianças e adolescentes no país.

Dados alarmantes do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania mostram que, a cada hora, três crianças são vítimas de abuso no Brasil, sendo que aproximadamente 51% dessas crianças têm entre 1 e 5 anos. Anualmente, cerca de 500 mil crianças e adolescentes sofrem exploração sexual, mas apenas 7,5% desses casos são denunciados às autoridades, revelando uma realidade ainda mais preocupante.

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O Maio Laranja é um período dedicado à conscientização e à ação, que busca proteger os direitos e a integridade das crianças e adolescentes. A campanha destaca a importância da denúncia e do enfrentamento desse tipo de violência, utilizando a flor gérbera como símbolo, representando a fragilidade e a vulnerabilidade dos pequenos diante desse cenário.

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Ilustração retrata angústia da criança vítima do abuso sexual (Foto: Divulgação)

A origem do Maio Laranja remonta a um trágico acontecimento em 18 de maio de 1973, em Vitória, Espírito Santo. Araceli, uma menina de apenas oito anos, foi sequestrada, abusada sexualmente, drogada e assassinada. Esse caso chocante mobilizou a sociedade e resultou na criação do Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, oficializado pela Lei Federal 9.970/2000.

Para denunciar casos de abuso e exploração, existem diversos canais de apoio disponíveis. Entre eles estão o Disque 100 (Disque Direitos Humanos), o Conselho Tutelar e o número de emergência policial 190. Também é possível buscar ajuda em delegacias especializadas e serviços socioassistenciais, como o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).

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Lar de acolhimento infantil, Lygia Hans. (Foto: Divulgação)

Neste contexto, o Lar Infantil Lygia Hans, em Campo Grande, MS, se destaca como uma instituição comprometida com a proteção e o amparo às crianças e adolescentes. Fundado em 28 de outubro de 2000 e mantida pela Igreja Adventista do Sétimo Dia em parceria com o Poder Público, a casa oferece acolhimento para crianças e adolescentes, seguindo as legislações e orientações técnicas para o serviço de atendimento desses menores.

O espaço trabalha na modalidade "casa-lar", promovendo um ambiente familiar e fortalecendo os vínculos comunitários. Seu propósito vai além do acolhimento, visando a reintegração familiar, colocação em família extensa ou o apoio ao processo de adoção, sempre conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente.

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Psicóloga alerta para os sinais demonstrados pelas vítimas (Foto: Divulgação)

Gabriela Cayres, psicóloga do Lar Lygia Hans, ressalta a importância do acolhimento e acompanhamento psicológico. "Desde o primeiro contato, tentamos vincular a criança para oferecer afeto e minimizar as dores dos traumas ocorridos, sejam eles por negligência ou abuso. Realizamos rodas de conversa, escuta ativa, encaminhamento para terapia individual e validação de sentimentos", pontua.

Ela também alerta sobre os sinais de que uma criança pode estar sendo violada. "Automutilação, comportamento introspectivo, irritabilidade, insônia, baixa autoestima, diurese excessiva, principalmente à noite, e pesadelos constantes são alguns dos sinais", ressalta.

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Quarto em que crianças e adolescentes vivem no Lar Lygia Hans. (Foto: Divulgação)

Gabriela enfatiza a importância de os pais estarem atentos e não deixarem seus filhos com qualquer pessoa. "Os abusos, em sua grande maioria, ocorrem por pessoas da família. Ensinar a criança a se proteger e entender que seu corpo é precioso é fundamental."

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Sala de convivência do Lar Lygia Hans. (Foto: Divulgação)