Igreja Adventista realiza primeiro encontro oficial do Ministério Carcerário no Rio de Janeiro
Reunião planejou batismo de cerca de 40 reclusos para junho
Nesta quinta-feira, 2, o escritório da Associação Rio Sul (ARS) da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) sediou a primeira reunião oficial do Ministério Carcerário do estado do Rio de Janeiro. A iniciativa acontece há mais de 25 anos pela coordenação da voluntária Norma Nascimento. A partir deste mês, o ministério será reconhecido como distrito pastoral da igreja no estado carioca e terá como líder eclesiástico o evangelista pastor Patrick Marlon.
Membros adventistas têm se empenhado em levar esperança e transformação para dentro das prisões. Atualmente, por meio do Ministério Carcerário, três penitenciárias do Rio de Janeiro são assistidas pelo grupo. Nesse primeiro encontro, os voluntários receberam a apresentação das novas normas e planejaram as próximas ações do ano. Uma das pautas foi a organização de uma festa batismal, que estima a entrega de 40 vidas a Cristo.
Como funciona o Ministério Carcerário Adventista
O projeto Ministério Carcerário Adventista não apenas busca levar assistência religiosa às pessoas que estão ou estiveram em conflito com as leis, mas também se compromete com a reabilitação, oferecendo apoio emocional, educacional e social. A missão é proporcionar um ambiente de amor e compreensão, onde os indivíduos encarcerados possam encontrar conforto espiritual e ferramentas para reconstruir suas vidas.
O projeto engloba uma variedade de atividades e serviços adaptados às necessidades específicas das pessoas privadas de liberdade, como: cultos religiosos para compartilhar mensagens de esperança; aconselhamento pastoral com o objetivo de ajudar os reclusos a lidar com questões pessoais e a encontrar paz interior; assistência social, como distribuição de materiais educacionais, livros religiosos e itens de higiene pessoal; e por fim, a reintegração à sociedade. O projeto visa prepará-los para uma reintegração bem-sucedida ao coletivo após o cumprimento de suas penas. Isso inclui programas de treinamento vocacional, mentoria e apoio na busca por emprego e moradia.
Vale ressaltar que a Igreja Adventista do Sétimo Dia não defende a ideia da impunidade das consequências de ações erradas, pois entende que é importante assumir a responsabilidade de suas escolhas. Com base nisso, o pastor Patrick Marlon, líder do ministério para o estado, destaca a base do projeto. "Acreditamos que com o estudo da Bíblia e participação na comunidade cristã, os presidiários reconheçam a gravidade de seus erros e como esses erros impactam negativamente suas vidas, suas famílias e suas interações na sociedade", pontua.
Marlon também reafirma que o estudo da Bíblia leva esperança. "Ao se depararem com a Graça de Cristo, esperamos que esses indivíduos possam encontrar esperança para uma vida melhor, tanto neste mundo quanto no Céu, pois receberam o perdão completo por seus erros", complementa.