Voluntários da AML realizam missão de 10 dias no Amazonas
Conhecida como "Misson Trip", diferentes profissionais se juntaram para atender comunidades ribeirinhas e indígenas. Associação oferecerá curso para futuras missões
Por mais de uma semana, membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia na região leste de Minas embarcaram em um projeto missionário no coração da Amazônia. Composta por 30 pessoas, a equipe uniu esforços para fazer a diferença nas vidas das comunidades ribeirinhas e indígenas da região.
Entre os participantes, havia profissionais de diversas áreas, como médicos, dentistas, enfermeiros, nutricionistas, educadores físicos, fisioterapeutas, psicólogos e arquitetos. Juntos, realizaram mais de 600 atendimentos, conduziram cultos e realizaram procedimentos cirúrgicos. José Carlos Santos, um dos organizadores, conta que a junção de diferentes profissões garantiu a realização da missão.
A igreja central de Governador Valadares, idealizou o projeto e junto com ela, outras as três igrejas da Associação Mineira Leste (AML) estiveram presentes. O pastor Rayssan Cruz, um dos organizadores, relata que a ideia prévia do impacto nos participantes foi superada. "O impacto espiritual, o impacto na visão de mundo que a missão causou na vida de cada voluntário foi tremenda", avalia.
Treinamento para Missionários
Neste domingo (28), membros da cidade de Teófilo Otoni terão a oportunidade de conhecer mais sobre voluntariado. Denominada como Escola de Missões, o treinamento consiste em capacitar os que desejam ir para o campo missionário.
O pastor Elias Malaquias, que participou da missão Amazonas e que atua como promotor do Serviço Voluntário Adventista (SVA) conta que apesar dos desafios que uma missão apresenta, o participante volta para casa com alegria pois "podemos ser úteis para o Senhor e benção na vida daqueles que estão carentes, precisando de socorro".
Missão que transforma
O cirurgião dentista Marcondes Luiz de Souza, sempre desejou participar de uma missão transcultural, porém, sempre acontecia algo que o impedia de ir. "Coloquei no meu coração que na próxima oportunidade, eu estabeleceria como uma prioridade", conta. Entre os diversos atendimentos realizados, ele percebeu que os moradores "nem sempre precisam de algo material, mas um sorriso, de uma palavra de carinho e ouvir sobre Deus".
"Eu aprendi que fazer a obra do Senhor e evangelizar é muito mais simples do que eu imaginava, basta amar o próximo e entender o valor dele para Deus", reflete Samara Ribeiro, estudante de Direito. O cardiologista Nilton Lima teve uma impressão semelhante. "Aprendi que a vida é muito simples, que a gente complica um pouco a vida por vaidades".
Além disso, os participantes entenderam que assim como no Amazonas existe pessoas carentes de recursos sociais e de esperança, em suas cidades também existem. "A gente pode fazer alguma coisa para essas pessoas", anseia Lima. "Todo cristão deveria fazer uma missão, é algo marcante e nos ensina a olhar para o próximo com outro olhar", certifica cardiologista.