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Clube de Desbravadores auxilia aplicação de medidas socioeducativas para menores

Clube de Desbravadores auxilia aplicação de medidas socioeducativas para menores

Em Porto Alegre, cerca de 10 jovens são atendidos pela iniciativa.


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Em parceria com outras entidades, o Clube de Desbravadores recebe menores para lhes proporcionar aprendizado e nova oportunidade de reinserção social

Porto Alegre, RS... [ASN] Desde 2013, o estudante Sandro Antunes dirige o Clube de Desbravadores do bairro Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre, que semanalmente reúne em torno de 40 crianças e adolescentes de 10 a 15 anos. Dessas, cerca de 10 cumprem medida socioeducativa dentro do programa de Prestação de Serviço Comunitário.

“O adolescente chega aqui já com certo medo, achando que ele irá fazer algumas daquelas atividades rotineiras, como limpar banheiro, ajudar na cozinha. Mas nós traçamos um projeto totalmente diferente, em que ele é inserido com os desbravadores e cumpre as atividades normais desse grupo”, explica Antunes.

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A Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) firma parcerias com entidades e voluntários. Este é um trabalho realizado pelo Serviço de Execução de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto, oferecido nos Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).

Em 2013, entre os nove pontos da cidade que realizaram esse trabalho, o Clube de desbravadores dirigido por Antunes teve as maiores notas durante a avaliação anual. Em todas as reuniões dos desbravadores, funcionários dos Creas supervisionam o trabalho realizado.

Os coordenadores explicam os benefícios desses projetos para a comunidade. “O jovem, autor de ato infracional, tem um potencial que precisa ser visto. Ele não pode ser encarado como um infrator. Isso é uma parte da vida deles. E nós, como adultos, temos que mostrar, modelos positivos para que eles possam alterar seus projetos de vida”, afirma Magalhe dos Santos de Oliveira, pedagoga e técnica na referência de medidas socioeducativas da Fasc.

Nova chance

“É uma maneira do adolescente se sentir acolhido. Ele sente que faz parte da comunidade”, acrescenta o educador social Leandro Belmonte da Silva. Muitas instituições já entendem e colaboram com este serviço em Porto Alegre, porém, ainda existe muito preconceito em relação a esses jovens, o que dificulta o potencial de reversão do envolvimento dos mesmos com atos infracionais.

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Dos cerca de 40 participantes regulares das atividades dos Desbravadores, 10 cumprem medidas socioeducativas

E é através dos desbravadores que Sandro Antunes e os demais líderes do Clube buscam mostrar uma nova perspectiva para esses adolescentes, como afirmam os menores, que não podem ser identificados, mas já participam da iniciativa. “Nós começamos a fazer atividades novas, nos enturmamos com a galera, aprendemos várias coisas diferentes, até mesmo acordar pela manhã”. “Às vezes nós olhamos algumas pessoas, e as julgamos pela aparência, mas na verdade elas não são aquilo que pensávamos, isso eu também aprendi aqui.”

“Eu quero sair daqui melhor, sei que eles realizam o trabalho bom para a comunidade e espero ir para frente aqui”, compartilha um dos participantes. [Equipe ASN, Bianca Lorini]