Voluntários organizam campanha para cadastro de doadores de medula óssea
Juventude adventista colabora para identificar doadores compatíveis com menina.
Porto-Alegre, RS … [ASN] Uma verdadeira corrente do bem tomou conta da vida de jovens adventistas gaúchos. E a causa era nobre: encontrar doadores de medula óssea. O pontapé inicial se deu no ultimo sábado (29) com o cadastramento de possíveis doadores no REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea), das 8h às 12h, no Hospital Conceição em Porto Alegre. A iniciativa foi coordenada por voluntários adventistas com a intenção de ajudar Alice Motta a encontrar um doador compatível. A campanha que tem por nome Todos pela Alice reuniu 170 possíveis doadores.
Tudo começou quando uma jovem da igreja do Iguatemi, Porto Alegre, conheceu Alice e sua família e comentou com amigos se poderiam ajudar de alguma forma. Criaram, então, a campanha e divulgaram por meio de panfletos, redes sociais e Rádio Novo Tempo. Desde então, o número de engajados cresceu. As primeiras doações aconteceram na segunda-feira (24) e terça-feira (25) em Pelotas, sul do Rio Grande do Sul. Essa fase, organizada diretamente por familiares, contou com o apoio do poder público municipal local e do Grêmio Esportivo Brasil, alcançando cerca de 200 possíveis doadores na cidade e tendo o convite para as doações realizado pela mídia local. No último sábado, os grupos iJovem (Jovens Adventistas da Igreja do Iguatemi) e Coral Jovem de Porto Alegre ajudaram no suporte da campanha. Muitos vieram de longe para fazer o cadastramento de cidades como Novo Hamburgo, Campo Bom, Viamão, entre outros lugares. Uma van com 28 pessoas veio de Parobé para se cadastrar e também para doar sangue. “É muito fácil fazer o cadastramento para o banco de medula óssea, espero ser o doador compatível com a Alice. E quero ajudar mais! Na próxima semana já estou organizando mais uma van para vir à Porto Alegre para doação sangue e cadastramento”, afirma Vilmar Fernandes, voluntário do projeto.
A história de Alice
Alice está internada no Hospital da Criança Santo Antônio da Santa Casa de Porto Alegre. Ela foi para a unidade hospitalar depois de passar por febre alta, manchas na pele e distensão abdominal, no dia 10 de outubro de 2013. Após uma série de exames, porém, descobriu-se que ela estava enfrentando também a leucemia. Até então, os pais Charles Mota (30) e Mônica Mota (29) não desconfiavam do fato. Com a descoberta, a rotina da família mudou. Charles e Mônica se transferiram de sua casa em Pelotas-RS para o próprio quarto do hospital onde Alice está internada, deixando de lado empregos e compromissos. Desde sua internação, Alice passou por uma série de tratamentos de quimioterapia, entretanto, sua melhora segue distante. “A única esperança, é encontrarmos um doador compatível de medula óssea para nossa filha”, afirma o pai. É neste sentido que o voluntariado adventista reacende a chama da esperança na vida desta família.
Como ajudar?
Para se tornar um possível doador, o interessado deve ter de 18 a 54 anos e desfrutar de boa saúde. O processo é rápido, sendo que, no momento do cadastro, é necessário apresentar um documento de identidade. Inicialmente, apenas 5mls de sangue são coletados para análise e verificação posterior de compatibilidade genética com pacientes em espera. Confirmada a paridade, o cadastrado é chamado para a realização de outros exames e a efetiva doação num dia diferente do cadastro. É importante ressaltar que, segundo estimativa do Ministério da Saúde, a proporção de compatibilidade é de uma pessoa entre 100 mil. No momento da doação, nenhum órgão do corpo é retirado. A doação de medula óssea, essencialmente, é uma coleta especial de sangue do voluntário. [Equipe ASN, Andreia Raquel]