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Adolescente

Encontro reúne mais de 300 adolescentes para conversa sobre missão, comunhão, inclusão e os desafios da nova geração

Foi um dia intenso de atividades, palestras e muito aprendizado para os adolescentes que buscaram ter um encontro especial com amigos e com Deus.


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O encontro reuniu mais de 300 adolescentes entre 12 e 17 anos, que puderam fazer novas amizades, estudar a Bíblia de forma interativa, tiveram espaço para fotos, louvor e momentos especiais de oração tudo comando por eles.

Profª. Aline Oliveira na conclusão do quebra-cabeça com o objetivo central do encontro

Desde o planejamento da programação a maior preocupação era como manter a atenção do público que mais rápido se distrai, de acordo com a líder de adolescentes para a região Leste do Amazonas, Aline Oliveira. “O desafio era que as palestras despertassem o interesse deles do início ao fim, para que eles realmente entendessem o objetivo do encontro” detalha ela.

 E a estratégia deu certo, o estudante de 16 anos, Mateus Henrique, ficou impactado com a palestra sobre comunhão, “Eu aprendi sobre empatia com as pessoas, como respeitar a opinião de cada um, consegui ver como devo tratar as pessoas, mesmo que eu não concorde com a ideia dela e mesmo que eu não conheça, foi impactante a forma com que ele explicou”, disse o estudante.

Mateus (2º da esquerda) com seus amigos de Polo.

O desafio de levar as palestras foi do psiquiatra Dr. Pablo Canalis, especialista em adolescentes, o argentino quebrou o clima explicando muitas coisas exatamente com o exemplo do seu país de origem. “Eles têm o questionamento muito florido, de querer justiça, fazer o que eles entendem com mais paixão e empolgação. E o trabalho do adulto, é levar essa força, com equilíbrio, com juízo, com estrutura, limites e entendimento de até onde é certo ou errado, para que eles não se percam no caminho, porque a paixão não deixa as pessoas pensarem”, detalha Canalis.

Dr. Pablo Canalis foi o palestrante do encontro

Desafios

Conduzir a nova geração, que sem dúvida é mais conectada, é uma árdua tarefa, que a igreja mundial enfrenta. As lições e Bíblia físicas deram lugar aos aplicativos no celular, que disputa atenção com as redes sociais, mensagens e milhões de vídeos o dia todo. “Deus tem um plano para essa geração e nós somos responsáveis em guiá-los mesmo com toda dificuldade, nunca podemos esquecer que vivemos em uma batalha contra o mal e ele não brinca com isso”, ressalta Aline Oliveira.

Interatividade

A dinâmica do quebra-cabeça prendeu atenção e fez com que adolescente tomasse uma decisão diante de todos. “Eles queriam ver o desenho que iria formar, mas, muito mais do que isso, eles só se levantavam para pôr uma peça no painel, se aceitassem de verdade o apelo, os temas abordados eram sérios, comunhão, relacionamento, missão, não era simplesmente brincar”, detalha ela.

Adolescentes na montagem do quebra-cabeça de 1.260 peças

O lindo quadro com a imagem da volta de Jesus foi montado com 1. 260 peças representa o compromisso de uma geração que se levanta para fazer a diferença em uma sociedade cada vez mais igual.

Conhecimento

Para a estudante de Lara Calafate, de 14 anos, as palestras foram uma virada de chave para tudo que ela pensava que sabia. “Desde que eu cheguei aqui, já aprendi muita coisa que pensava que sabia, sobre amizades, relacionamentos, mas o que mais me impactou foi sobre relacionamento tóxico, que não é apenas entre casal, mas é também sobre amizade, familiar, é muito difícil sair disso e então é preciso saber identificar e como pedir ajuda”, contou a adolescente.

Lara no centro da seu Polo que participou ativamente de toda as atividades

Ela assim como boa parte dos presentes tinham alguns pensamentos formados como relacionamento tóxico apenas entre casal, comunhão apenas na igreja, missão apenas para adultos e que a cada parte do dia foi sendo explicada e eles foram se identificando e entendo que podem ter relacionamento com Deus, com amigos, se envolverem nos programas da  igreja e principalmente na missão de ganhar almas para Jesus.

Momentos de alegria e diversão na adoração

 Inclusão

O congresso teve ainda a sala da calma, com profissionais habilitadas para atender e cuidar de adolescentes autistas, dos que participaram 6 precisaram descansar na sala adaptada. “Um evento como esse com som e muita gente falando, rindo alto em alguns momentos, pode deixar o autista nervoso e foi extremamente importante a ter a sala da calma, aqui eles tiveram um ponto de apoio e ficaram à vontade para e voltar para as atividades quando se sentissem seguros”, explica a consultora do Ministério Adventista das Possibilidades, Aline Ehnert.

Sala da calma foi o espaço adaptado para atender os adolescentes com autismo

Além dos autista, também participaram 8 surdos e 4 adolescentes com baixa-visão, que puderam interagir e se envolver em todas as atividades do programa.