Após passar por uma delicada cirurgia e precisar de transfusão de sangue, Hatyla seguiu se recuperando em casa. Contudo, ele contou, ainda, com o auxílio de funcionários do Colégio Adventista do Gama. Assim, além de seus colegas, que se mobilizaram para ajudá-lo com tarefas, trabalhos, motivação e até uma campanha de doação de sangue, organizada pela instituição de ensino.

Amigos do bem

Gabriel Henrique, aluno do Colégio Adventista do Gama, teve sua vida impactada e transformada pelo convívio e laço de amizade que surgiu entre ele e Hatyla.

Ele sentia que ainda não tinha tido uma experiência real com Deus. Então, no I Will Go Teen, sua vida se transformou e, ao lado de Hatyla, ele decidiu se batizar e seguir cada vez mais os passos de missão.

“A nossa amizade antes já era bem fortalecida, ele me mudou bastante. Mas, durante o evento fortaleceu mais e depois, mais ainda. É uma amizade que com o tempo vai reforçando”, explicou Gabriel.

Ele ressaltou ainda a falta que seu melhor amigo faz no Colégio. “Infelizmente, com a situação que ele está agora, a gente não consegue estar toda hora junto. Por exemplo, ele poderia estar aqui na escola e ver aquela cadeira vazia, me machuca”, declarou o aluno.

Matheus Leandro, também aluno do Colégio Adventista do gama e amigo de Hatyla, ressaltou sobre o sentimento que tem em relação ao que seu grande amigo tem passado.

“Eu me sinto realmente privilegiado de poder fazer parte dessa caminhada que ele está fazendo. Apesar de ser muito difícil e batalhado para ele, eu posso ajudar um pouquinho a ele se sentir melhor, fazer uma visita”, explicou.

“Isso também faz muito bem para mim, quando a gente ajuda o outro, a gente se sente muito melhor”, concluiu Matheus.

Em uma demonstração de apoio, Ruan Pedro, aluno do oitavo ano, sensibilizado com a história de Hatyla, raspou a cabeça e surpreendeu até sua mãe.

“A gente estava na época do Interclasse e, logo após o jogo, eu percebi que nosso time deveria fazer algo para apoiar e dar mais força para o Hatyla,  então mandei uma mensagem, decidimos raspar a cabeça”, ressaltou.

Doando vida

“Nós sempre trabalhamos o exemplo de Jesus. Então, isso é transmitido dentro da sala de aula, o amor ao próximo, estar sempre atendendo às necessidades daqueles que precisam”, destacou o diretor do colégio, Jairo Fernandes.

Contudo, ele explicou que estão colocando em prática o que é ensinado. “Não somente para o Hatyla, que tanto precisa, mas também para atender outras pessoas necessitadas desse sangue. É o dom da vida, aqui estamos para fazer na prática o amor ao próximo”, concluiu Jairo.

No dia da campanha de doação de sangue, Tânia Campanate, mãe do Hatyla, ressaltou que o momento era de emoção. “Nós estamos vivendo a campanha de doação, mas tivemos outros momentos, como ver alunos raspando a cabeça, outros contribuindo com orações, doações e, em alguns momentos, até mesmo com dinheiro, para auxiliar meu filho naquilo que ele precisava”, declarou Tânia.

“Viver esse momento, para mim, é viver um momento de gratidão a Deus por tudo o que Ele tem feito na vida do Hatyla. E nós estamos demonstrando um pouquinho do nosso carinho, doando um pouco de nós para as pessoas ainda que precisarão”, destacou Tânia.

O diferencial do ensino Adventista

A Rede Educacional Adventista está presente em praticamente todo o mundo. Além do ensino diferenciado, é proporcionado aos alunos experiências diferentes e impactantes, como campanhas de alimento, arrecadações para datas especiais, doação de sangue, tudo com ênfase no cuidado e carinho pelo outro. Assim, um exemplo disso é a mobilização do Colégio Adventista do Gama pela vida e história de Hatyla.

“É bem gratificante para a gente, até pela Educação Adventista E por ser um amigo. Eu acredito que a essência do cristianismo é essa, a gente se dispor a ajudar, não somente os de fora, mas os que estão dentro, próximo”, ressaltou Ramom Bolzan, colaborador do Colégio.

Bruno Bernardes, também colaborador, explicou que no início, quando chegaram na casa de Hatyla, ele ainda estava abatido.

“E, hoje, a gente vê uma grande diferença da recuperação, do tratamento e isso consta muito pela fé, pela força de vontade que ele tem. Como amigo e como escola estamos fazendo o dever que Jesus ensinou, de servir o próximo, de ajudar e estender a mão”, destacou.

“O Hatyla é um menino muito querido. Ele, chegou junto com sua família, transferido do Colégio Adventista de Planaltina. Muito animado, atleta, jogador de futebol, goleiro, conhecido e muito popular na escola, muito divertido e até piadista, muito querido por todos nós, inclusive pelos professores”, explicou a professora da unidade escolar do Gama, Rita Santana.

Ela destacou ainda que, quando o diagnóstico chegou “a notícia se espalhou pelo colégio e foi um baque para todos nós”.

Uma lição

“Não deixe para amanhã o que pode ser feito hoje. Eu tive muitas experiências a respeito disso. Uma delas é que, quando eu posso passar uma mensagem para um amigo, eu falo: faça agora, faça hoje, amanhã pode ser tarde demais”, destacou Hatyla Campanate.

Portanto, com uma trajetória de vida repleta de conquistas, amigos, serviços de voluntariado e um caminho junto a Cristo e a igreja, Hatyla ainda tira, de um momento difícil  e doloroso, o sorriso, o abraço, a superação e a motivação que ele transmite ao próximo.

Revista Novo Tempo

Confira aqui a matéria completa que saiu no programa Revista Novo Tempo.

Doação de Sangue

Confira aqui fotos do dia de doação de sangue.