Um dia para guardar para sempre. Assim foi o dia 26 de agosto para 35 grávidas do bairro Redenção, em Manaus. Elas foram presenteadas com um baby chá, com kits de enxoval, e cinco delas foram sorteadas com um ensaio fotográfico. “Sempre quis fazer fotos assim, mas não dava porque tenho que comprar as roupinhas e fraldas para o bebê. Aqui ganhei as duas coisas. Estou muito feliz e surpresa com tanto carinho das pessoas por mim”, conta a estudante Samara Melo.

Assim como ela, as demais beneficiadas não pertencem à Igreja Adventista, e foram acolhidas durante a programação do projeto Quebrando o Silêncio, que neste ano debateu o tema violência obstétrica com palestras de profissionais médicas, advogadas e psicólogas. “Nosso objetivo era informar essas mulheres que não sabem nem o que é esse tipo de violência. Por isso, reunimos profissionais de várias áreas. Elas também receberam materiais para levar para casa e esperamos que agora possam ter um parto mais tranquilo sabendo o que podem ter na maternidade,” explica Kellem Albuquerque, organizadora do evento.

Ações

Foram quatro semanas de muitas ações para chamar a atenção da população para o tema. Além de caminhadas, carreatas, visitas a hospitais com distribuição de enxovais movimentaram a capital e o interior dos Estados do Amazonas e Roraima, onde foram realizados fóruns com profissionais que puderam explicar os direitos das grávidas em todas os segmentos e reuniu famílias da capital Boa Vista.

No interior do Amazonas, entrevistas em rádios e caminhadas com distribuição de materiais sobre o tema chamaram a atenção dos moradores.

Campanha  

O Quebrando o Silêncio é promovido anualmente pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, desde 2002, e se propõe a auxiliar no combate e prevenção de diversos tipos abuso e violência. Neste ano, o tema da violência obstétrica foi escolhido para pautar as ações da campanha, que ocorreu no dia 26 de agosto na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai, e se estendem ao longo de todo o ano.  

Acompanhe a matéria que foi ao no Revista Novo Tempo