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Culinária aproxima desbravadores brasileiros e hispânicos

Culinária aproxima desbravadores brasileiros e hispânicos

Tapioca e arroz chaufa são alguns dos pratos encontrados nas cozinhas do evento.


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Manuela (centro) e Claudilene (à sua direita). Cooperação culinária ajudou a aproximar clubes de dois países

Barretos, SP... [ASN] Brasileiros e hispânicos unidos pelo paladar. Essa será umas das realidades culturais que o IV Campori Sul-Americano de Desbravadores vai proporcionar para quase 35 mil pessoas que participam do evento entre os dias 7 e 12 de janeiro no Parque do Peão, em Barretos. As diferenças dão lugar às novas experiências gastronômicas que, no final, resultam em amizades unidas pelo prato de comida.

Eles viajaram praticamente 13 horas do distrito de Miraflores, na capital do Peru, Lima, até a cidade de Barretos, no interior paulista. Na bagagem trouxeram poucos mantimentos, já que seria mais eficiente comprar por aqui. Contudo, a dúvida logo apareceu: como agradar o paladar do grupo com os condimentos brasileiros? Para Manuela Mora, 40 anos, cozinheira do clube Bet-El , o primeiro fundado na América do Sul, trocar alimentos com as cozinhas vizinhas foi a solução.

“Nós gostamos de comidas bem temperadas, com muita cebola, cominho, pimenta, colorau, entre outros temperos, e como no início não tínhamos tanto, a gente trocou alguns mantimentos com a cozinha ao lado”, explica a voluntária Manuela Mora, chefe da cozinha. “Apesar de algumas diferenças, os pratos brasileiros e hispânicos são parecidos em muitos aspectos, só não gostamos muito das comidas enlatadas.”

A cozinha em que Manuela buscou ajuda foi a do clube Rei Davi, de São Luís, no Maranhão. Claudilene Gonçalves, a cozinheira maranhense, fala que foi muito interessante ter essa experiência cultural com o país vizinho, já que muitas palavras do espanhol não são tão compreensíveis.

“Foi muito legal poder ajudar nossas amigas peruanas, já que eu também experimentei alguns pratos da outra cozinha, como uma batida de leite e aveia, que estava deliciosa. Nós também oferecemos um mousse de cupuaçu que eles acharam um tanto diferente,  já lá não tem essa fruta. E com toda essa interação, acho que até domingo vou sair daqui falando um pouco espanhol”, brinca Claudilene.

Cardápio refinado

No cardápio do clube peruano para esta semana, Manuela planejou fazer arroz chaufa, aveia achocolatada e olluquito com soja. Já os maranhenses trouxeram muita farinha de tapioca, cuscuz e frutas típicas da região Nordeste para alimentar a meninada, que no almoço de terça-feira, 7 de janeiro, teriam uma feijoada vegetariana.

“O mais legal é que esse evento nos ajuda a conhecer novas pessoas e ter experiências diferenciadas. Hoje foi a feijoada com carne de soja que provei, mas até domingo quero provar muitos outros pratos. Ainda não me acostumei com o feijão preto dos brasileiros, mas nada que uma cebola e cominho não resolvam”, acredita Manuela.

Brasileiros e Argentinos na mesma mesa

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Cozinha coletiva busca equilibrar pratos para atender paladar dos acampantes das diversas localidades

Para aqueles clubes que não vieram com suas cozinhas próprias e optaram pelas coletivas, o desafio é ainda maior, já que a mesma comida deve agradar o paladar das diferentes nacionalidades, a exemplo de brasileiros e argentinos. Na cozinha da ala vermelha do Campori, argentinos, nordestinos, uruguaios e nortistas dividem as refeições.

“Percebo que vocês do Brasil gostam muito do arroz e feijão, e nós não somos tão fãs assim, mas como é nutritivo, vale a pena. Agora o que não tem comparação são os sucos de frutas que são deliciosos. Tomo no mínimo dois copos por refeição. O paladar dessa semana vai unir muitos argentinos e brasileiros, basta não falar de futebol, já que o nosso é melhor do mundo com Messi e Maradona”, brinca o diretor do Clube de Desbravadores Aconcagua, Emílio Luque, de 22 anos. [Equipe ASN, Mairon Hothon]