Igreja em Juiz de Fora arrecada alimentos o ano todo há mais de 30 anos
O trabalho é feito pelos membros da IASD de forma voluntária.
No natal é comum ver pessoas sensibilizadas em doar alimentos e roupas para famílias necessitadas. E, assim como acontece em outras cidades nesta época, membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) Central de Juiz de Fora, Minas Gerais, distribuíram cerca de 300 cestas para famílias carentes no último domingo, 15.
No entanto, esta ação na Igreja Central não é feita apenas no natal pela Ação Solidária Adventista (ASA), área da IASD que realiza assistência social. Durante o ano, as famílias que participam de cursos profissionalizantes como pintura, artesanato, entre outros, recebem cestas básicas mensalmente.
Além de ajudar as famílias, a ASA da IASD Central de Juiz de Fora atende emergências. “São pessoas que vão à igreja pedindo ajuda. Às vezes, damos assistência por meses até a família se estabilizar. O único critério é a necessidade, não importa a religião e qualquer outra coisa, basta a pessoa precisar”, explica Marly de Andrade, diretora da ASA na IASD Central e que realiza este projeto há mais de 30 anos.
Neste ano o Mutirão de Natal, projeto da IASD que trabalha com arrecadação de alimentos em várias cidades do Brasil, esteve presente em dez supermercados de Juiz de Fora. O resultado deste trabalho, somado com as doações dos adventistas, resultou em 15 toneladas de alimentos não perecíveis. Parte da cesta foi doada para 300 famílias e a outra ainda será doada.
Para o final do ano, cada família faz um cadastro básico. A cesta de natal pesa quase 22 quilos. Para continuar o projeto mensalmente, as cestas ficam por conta dos membros da Igreja, que levam doações de suas casas para ajudar o próximo.
No domingo
As famílias foram buscar as cestas no prédio da Igreja Central. Antes da programação, foram sorteadas brindes e três cestas. Já no culto, foi passado uma reflexão bíblica aos presentes e, após a mensagem, foram distribuídas as 300 cestas para as famílias cadastradas.
Segundo o fiscal agropecuário Paulo Sérgio Ramos, também adventista, explica qual é sua motivação em participar do projeto. “É gratificante. Nós vemos as pessoas doando, solidariedade e na hora da distribuição as pessoas sentem-se felizes e amadas, nós precisamos fazer isso, pois esta atitude ajuda muita gente”, declara.
Persistência
Em 2011, Marly, atualmente com 73 anos, foi diagnosticada com câncer de mama. Mesmo com a quimioterapia, a retirada do seio esquerdo e a luta com a doença, ela não desistiu de participar do projeto. “Sabe o que me deixa feliz? Deitar à noite e sentir que fiz alguma coisa, nem que eu seja um passarinho que levou no bico uma gota de água para apagar o incêndio. Mas preciso levar Jesus ao coração das pessoas, preciso levar amor, quero que a geração atual tenha um mundo melhor do que nós temos hoje. Vale a pena fazer o trabalho de Deus, já que as outras coisas Deus acrescenta”, afirma. [Equipe ASN, Vanessa Lemes]