Após ler o livro O Grande Conflito, Filomena Silva, na época com 60 anos, procurou uma Igreja Adventista do Sétimo Dia para conhecer melhor as mensagens do livro. Lá, ela aceitou estudar a Bíblia e poucos meses depois decidiu ser batizada.

Depois de mais algum tempo, Filó, como é carinhosamente conhecida pelos amigos, recebeu em sua casa uma colportora (vendedora de livros) que lhe apresentou uma coleção de livros sobre saúde física, emocional e espiritual. Desempregada, Filó não pôde comprar os livros, mas ficou tão impressionada com seu conteúdo, que se interessou em vendê-los também.

Filó fez um curso de colportagem e tornou-se vendedora de livros da Igreja Adventista. Hoje, aos 69 anos, ela afirma que se tornar colportora foi uma das melhores decisões de sua vida. “Faz nove anos que sigo neste caminho e agradeço a Deus pela oportunidade de levar saúde, esperança e conhecimento às pessoas através dos livros, que mesmo em meio ao mundo digital, ainda são tão importantes. Ser colportora, para mim, é uma dádiva”, diz ela.

Concílio

Expressando a mesma animação de sua jornada inicial como colportora, Filó participou do Concílio Geral de Colportagem da União Central Brasileira (UCB), sede administrativa da Igreja Adventista para o Estado de São Paulo.

A fim de motivar, capacitar e valorizar os colportores do Estado, o Ministério de Publicações da UCB, responsável pela colportagem, realizou um encontro dos dias 12 a 15 de abril no Centro de Treinamento Adventista de São Paulo (CTA), em Araçoiaba da Serra. O evento acontece a cada cinco anos. Em 2023, com o tema TransFORMAR, o encontro reuniu cerca de 350 colportores.

Programa

No primeiro dia, o treinamento contou com a interpretação de um grupo que, vestido caracteristicamente, interpretou a história dos principais pioneiros da Igreja Adventista, cujo início teve importante participação do ministério de publicações. Os espectadores também assistiram a um vídeo que narrou a história da colportagem na América Latina e sua chegada ao Brasil, dando o pontapé ao crescimento da Igreja neste país.

Batismos

O momento mais marcante da abertura do evento, segundo o pastor Marco Aurélio Pinho, organizador do encontro e líder de colportagem para o Estado paulista, foi o batismo de nove pessoas, que aconteceu simultaneamente dentro de uma piscina, com transmissão ao vivo para os colportores, que estavam no auditório. “Sem dúvidas, o momento do batismo marcou demais, pois ali vimos o resultado do nosso trabalho. As pessoas que foram batizadas são frutos da colportagem. Louvado seja Deus por isso”, emociona-se Pinho.

Espiritualidade e aprendizado

Na quinta-feira, 13, os colportores tiveram momentos de aprendizado pela manhã e à noite, com palestras sobre atividades relacionadas à colportagem. Temas, como comunicação e tecnologia e confiança em Deus em meio às provações também foram ministrados. O orador do evento, pastor Cândido Gomes, líder dos jovens adventistas do Estado de São Paulo, falou sobre provações e citou o exemplo da fornalha ardente, descrita em Daniel 3.

Na manhã de sexta-feira, 14, as aulas continuaram, com temas voltados às áreas de vendas e finanças pessoais, ministrados pelos pastores Adilson Morais, líder sul-americano do Ministério de Publicações, e Gilnei Abreu, líder financeiro da UCB, além de reflexões bíblicas.

Santa Ceia

Já o início do sábado, no pôr do sol de sexta-feira, contou com uma cerimônia de Santa Ceia. “Foi um momento muito solene. Participamos juntos do lava-pés e dos emblemas, pão sem fermento e suco de uva, que simbolizam o corpo e o sangue de Jesus, num ambiente bem espiritual, com músicas e reflexões bíblicas. Foi emocionante”, afirma a colportora Maria Lúcia Gomes.

O momento também foi marcado por uma mensagem bíblica do pastor Maurício Lima, presidente da Igreja Adventista para o Estado paulista, que relembrou o dia de Pentecostes, registrado em Atos 2, fazendo um apelo para que a essência de tal experiência seja possível também nesses dias finais da história do mundo.

Encerramento

O último dia de treinamento, no sábado, 15, foi dividido em duas partes: a primeira pela manhã, com uma palestra ministrada pelo pastor Almir Marroni, líder mundial do Ministério de Publicações (frente responsável pela colportagem), que falou sobre a importância da leitura e reafirmou a função dos livros como ferramenta de salvação antes da volta de Jesus. Após, a programação seguiu como acontece nas igrejas locais, com Escola Sabatina e Culto Divino.

Envolvido por momentos espirituais e de aprendizado bíblico, o treinamento terminou na tarde deste sábado, 15, com testemunhos dos colportores das oito sedes administrativas da Igreja Adventista no Estado paulista, homenagens póstumas aos colportores que faleceram na pandemia, homenagens aos líderes e colportores, com entrega de placas e medalhas, homenagem ao pastor Marco Aurélio, organizador do evento, vídeo retrospectiva com os principais momentos do treinamento, sermão ministrado pelo pastor Adilson Morais, e uma oração ao ar livre, seguida de uma queima de fogos que selou o programa.

Participações

Além dos nomes já citados ao longo desta reportagem, outros líderes ministraram momentos de aprendizado aos colportores, seja por meio de palestras, músicas ou outras participações, como os pastores Marildo Vivan, líder financeiro da Associação Paulistana; Odailson Fonseca, líder da Comunicação Adventista para o Estado e mestre de cerimônia do evento; Ronaldo Arco, pastor da igreja do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp) campus Hortolândia; Emmanuel Guimarães, secretário executivo da UCB; Edson Medeiros, diretor-geral da Casa Publicadora Brasileira (CPB); João Vicente, gerente de colportagem e Espírito de Profecia da CPB, que representou o Ministério dos Motociclistas Adventistas; e pastores líderes do Ministério de Publicações dos oito campos administrativos da Igreja Adventista em São Paulo, pastores

Reginaldo Paulino (AP), Edson Vicente (APaC), Fábio Rodrigues (APL), Thiago Monteiro (APO), Alex Oliveira (APS), Marcos Ferreira (APSe), Emerson Brischigliari (APSo) e Laércio Andrade (APV).

O evento também teve a participação do quarteto Hebron, que interpretou diversas mensagens musicais ao longo da programação de sexta e sábado, 14 e 15, e do quarteto AMM, que marcou presença na tarde de sábado, 15.