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ADRA recebe representantes da USAID e ONU em visita a parceiros

O grupo conferiu histórias de sucesso na sede administrativa das lojas Renner e do Complexo Hospitalar Santa Casa de Misericórdia.


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Na Santa Casa de Misericórdia, o provedor Alfredo Englert recebeu o grupo junto com sua equipe. (Foto: Ariany Nascimento)

Em 2020, o Sistema Único de Saúde (SUS) relatou o número de imigrantes no Rio Grande do Sul a 50.156 pessoas, espalhadas por 464 dos 497 municípios do Estado. Dessas, mais de 50 mil pessoas, 47,8% estão na faixa da extrema pobreza. A Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) do Rio Grande do Sul criou o projeto Connect Brasil, que faz parte do projeto Oportunidades da Organização Internacional para as Migrações (OIM) da ONU com o financiamento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) para atender os migrantes no Rio Grande do Sul, inserindo-os no mercado de trabalho.

Na terça (21) e quarta-feira (22), a representante da USAID, Rumy Solano e a gerente de projetos da OIM no Brasil, Michelle Barren , estiveram com a ADRA e a OIM visitando o centro administrativo das lojas Renner e do Complexo Hospitalar Santa Casa de Misericórdia, ambos parceiros do projeto Oportunidades/ Connect Brasil. Na visita, o grupo ouviu dois cases de sucesso do projeto, um de cada parceiro. 

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Daniel Frittoli, diretor da ADRA no Rio Grande do Sul apresentou todo o projeto à equipe da Santa Casa. (Foto: Ariany Nascimento)

Shtainer Deairiness Marcano Solis veio da Venezuela ao Brasil e se deparou com a ADRA e o projeto Oportunidades/ Connect Brasil que alterou completamente o rumo de sua vida. No dia 21, no centro administrativo das lojas Renner, Shtainer ficou em frente ao grupo que não só a auxiliou, mas torceu pelo seu sucesso, sobre como chegou até a sua posição no setor de atendimento ao cliente da língua espana da Renner.

No Complexo Hospitalar Santa Casa de Misericórdia, o grupo foi recebido pelo provedor Alfredo Guilherme Englert, que parabenizou e agradeceu às entidades pela parceria de longa data. Daniel Frittoli, diretor da ADRA no Rio Grande do Sul, apresentou o projeto e sua execução que vem sendo desempenhada no estado gaúcho. Jader Pires, diretor administrativo do complexo hospitalar reforçou a importância de ter um projeto como este no hospital, atendendo à população de Porto Alegre e contribuindo para a vida dos migrantes que hoje fazem parte da capital gaúcha.

Jader Pires, diretor administrativo do hospital, apoia o projeto desde seu início. (Foto: Ariany Nascimento)

“É um grande prazer para a Santa Casa de Porto Alegre participar do Projeto Connect Brasil. É algo fantástico a parceria que a ADRA tem conosco. Hoje temos 101 imigrantes trabalhando na Santa Casa. Com certeza absoluta, essa parceria irá aumentar esse número e nossa população do Rio Grande do Sul será muito beneficiada por esse trabalho social que a ADRA e a Santa Casa de Porto Alegre vêm fazendo”, diz Pires. 

Héctor José Hernandez é um dos 101 funcionários imigrantes do Hospital Santa Casa de Porto Alegre. Venezuelano, Hernandez atua como auxiliar de hospitalidade há um ano e chegou à posição através do projeto Oportunidades/ Connect Brasil. O projeto acompanhou Hernandez desde sua chegada até sua instalação com sucesso no mercado de trabalho. Os funcionários do Connect Brasil mantêm contato com Hernandez mesmo já trabalhando e se sentindo bem em sua inserção.

“É muito apoio a nós venezuelanos que saíram de seu país com esperança para melhorar e crescer. O projeto Oportunidades Connect Brasil me deu todo apoio que eu precisava para estar aqui hoje e para continuara crescendo na minha carreira”, conta Hernandez.

Héctor Hernandez, um dos casos de sucesso do projeto, contou sua história na visita. (Foto: Ariany Nascimento)

Hernandez tem formação de engenheiro agrônomo, mas se encantou com a área da saúde ao iniciar seu trabalho na Santa Casa de Porto Alegre. Hoje, ele não só quer realizar um curso para atuar como um profissional da saúde, mas também quer estudar para continuar contribuindo no complexo hospitalar onde está. 

“É gratificante quando percebemos que o trabalho que foi proporcionado para eles lhes trás satisfação, atendimento às suas necessidades básicas, dando a eles um pouco mais de esperança de viver em um lugar diferente, um país diferente com uma língua diferente. Eles conseguem ver que tem gente que se importa com eles. É motivador e nos estimula a continuar fazendo isso cada vez mais, não em favor dos grandes números, mas considerando a importância que todas essas ações têm na vida de cada indivíduo”, fala Daniel Frittoli.