I Seminário de Criacionismo na Baixada Fluminense
Buscar suas origens envolve muito mais do que procurar, significa estar disposto a aceitar mesmo aquilo que não vemos. Esta foi a motivação dos mais de 70 jovens de vários níveis acadêmicos que se fizeram presentes no seminário ‘Em busca das origens’...
Busca é sinônimo de pesquisa, investigação. Buscar suas origens envolve muito mais do que procurar, significa estar disposto a aceitar mesmo aquilo que não vemos. Esta foi a motivação dos mais de 70 jovens de vários níveis acadêmicos que se fizeram presentes no seminário ‘Em busca das origens’ que aconteceu no sábado, dia 23, no Centro Universitário UNIABEU em Belford-Roxo, das 8h30 às 17h, com apoio da Rede Educacional Adventista da Associação Rio Sul. O seminário contou com a presença dos palestrantes Wellington Silva (IAENE-BA) e Paulo Henrique de Souza (UNIFAL-MG).
Wellington Silva é graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Salvador, Mestre em Genética e Evolução pela Universidade Federal de São Carlos e Doutor em Patologia Molecular pela Universidade de Brasília, atualmente leciona as disciplinas de Genética Humana, Psicogenética, Bioética e Ciência e Religião na Faculdade Adventista da Bahia e Ciência e Religião e Educação Ambiental no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia.
Paulo Henrique de Souza é graduado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, mestre em Engenharia Civil – Hidráulica pela Universidade de São Paulo, doutor em Ciência da Engenharia Ambiental pela Universidade de São Paulo e pós-doutor em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita. Atualmente exerce pesquisa e ensino na Universidade Federal de Alfenas, a UNIFAL-MG. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geociência, principalmente nos seguintes temas: planejamento, espaço, atividades antrópicas, educação, climatologia, biogeografia e escola.
Wellington Silva declarou que o darwinismo em nada contribuiu para o campo da biologia, mas ‘prejudicou ao mostrar para a sociedade que a teoria da evolução seria importante para o desenvolvimento da própria ciência, isso ficou mal entendido. Falar de biologia funcionalista, por exemplo, que estuda as estruturas moleculares e todas as células, não se faz necessário em momento algum este argumento histórico para explicar o que aconteceu na realidade, é mais uma filosofia. A biologia se desenvolveu exatamente por causa de uma visão filosófica que tem suas raízes na própria cosmovisão criacionista, que é exatamente a Teleologia, ou seja, a busca da finalidade das coisas, o propósito, o planejamento. Na verdade o darwinismo é mais uma proposta histórica para poder explicar como essas coisas aconteceram. Neste sentido o criacionismo também apresenta um fator histórico para dizer como todas as coisas se desenvolveram’.
O professor Paulo Henrique aconselhou os acadêmicos presentes que passam por situações constrangedoras dizendo: ‘Não importa o contexto, se você está ao lado da verdade, isso basta. Nenhum estudante que crê no criacionismo deve se expor à situação vexatória, porque naquele momento, o professor é a autoridade da sala. Muitas vezes ele vai mostrar o lado mais sombrio do ser humano, com constrangimento e exposição ao ridículo, de maneira injusta e covarde. Guarde a sua posição e quando perceber sinceridade em alguém a respeito do conteúdo criacionista, então apresente o que conhece sobre o assunto, com argumentos firmes, porque ali vai haver maior possibilidade de aprendizado’.
Uma das mais recentes descobertas arqueológicas para o professor Paulo Henrique são as múmias do período do êxodo de Israel. Faraó, um dos personagens mais intrigantes da história, não foi encontrado em sua sepultura, mais seu filho, comprovando que Faraó foi morto e enterrado nas profundezas do Mar Vermelho segundo o relato bíblico, fato conhecido pelo grupo de cientistas da atualidade.
Os conteúdos apresentados pelos palestrantes foram: ‘Usando a história da ciência para compreender o desenvolvimento da evolução’, ‘A Sociobiologia e a Origem do Comportamento Altruísta’, ‘De uma só vez todos os povos: um modelo bíblico para as origens’, ‘Descobertas arqueológicas e relatos antropológicos e o Dilúvio’ e ‘Mudanças Ambientais causadas pelo catastrofismo do Dilúvio’.
Diogo Muniz, professor de História da rede privada em Heliópolis, relatou que acredita no criacionismo ‘porque a fé é algo lógico, meu ceticismo não me permite acreditar que tudo veio do nada, é mais lógico você acreditar que houve um designer criador do que acreditar que tudo veio do nada'.
Larrisa Tavares, univesritária de Rocha Sobrinho disse já participar de seminários como estes há algum tempo e que ‘as novas descobertas científicas fortalecem o conhecimento sobre o criacionismo, pois nem tudo o que cremos é apenas fé, temos comprovações científicas bem fortes para desacreditar na ideia do evolucionismo’.
Deusdete Soares, líder jovem da Associação Rio Sul esteve no evento apoiando a juventude a buscar respostas para suas dúvidas, tendo como base a Bíblia e sempre que possível, a ciência.
A organizadora do evento, Denise Fontes, citou que ‘o jovem universitário precisa de argumentos sólidos e científicos para a controvérsia Evolucão X Criação. Percebemos a grande necessidade dentro da igreja da inteiração com este assunto e acredito que seminários como este devem ser frequentes e reunir pessoas entendidas no assunto como tivemos hoje aqui’. [Equipe ASN, da redação com colaboração de Márcia Cavalcante]