Um Ano em Missão: os desafios de trabalhar em prol de uma causa
Voluntários realizarão atividades sociais e missionárias em cidades dos Estados da Bahia e Sergipe.
Imagine passar um ano inteiro vivendo em um lugar diferente do que você está acostumado, sendo voluntário, em prol de uma causa que acredita e se dedicando a ajudar pessoas e comunidades que você nunca tinha conhecido antes. Essa é a realidade de muitos voluntários que decidem se engajar em missões durante um ano, seja em seu país ou fora dele.
Aos 21 anos, a estudante Naiane Costa, moradora da cidade de Lauro de Freitas, na Bahia, deixou o trabalho de auxiliar contábil e mudou a modalidade da faculdade presencial para EAD a fim de se dedicar ao voluntariado em seu país. Durante os próximos meses, a jovem servirá integralmente no bairro da Paz, em Salvador, capital da Bahia. De acordo com ela, a decisão tem um objetivo principal: “A vontade de contribuir mais para a volta de Jesus para alcançar o máximo de pessoas que estarão comigo no céu”, detalha.
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Para a estudante do curso de Ciência Contábeis, um ano em missão pode ser uma experiência transformadora, que traz desafios, aprendizados e muitas aventuras. Alguns decidem ir sozinhos, enquanto outros se juntam a equipes de voluntários. Seja qual for a opção escolhida, é preciso estar preparado para enfrentar as dificuldades e aproveitar as oportunidades que surgirão ao longo do caminho.
“Na minha igreja eu já fazia muitos projetos missionários, já dava estudos bíblicos, mas eu sabia que podia fazer mais. O mundo está um caos e ficar parada me incomodava. Um ano de minha vida em missão é um desejo de levar a esperança e alegria de saber que não somos desse mundo e que em breve estaremos com Jesus na nova Jerusalém”, explica Naiane.
Um dos primeiros desafios é se adaptar ao novo ambiente. Para muitos, isso significa aprender uma nova língua, conhecer costumes diferentes e se adaptar à comida local. Além disso, é preciso lidar com as diferenças culturais. O projeto Um Ano em Missão (em inglês, One Year in Mission – OYiM) conecta pessoas de realidades diferentes em torno de uma mesma missão. Os adventistas que participam do programa unem talentos, recursos e conhecimento profissional com as necessidades das comunidades.
Mas apesar dos desafios, um ano em missão pode trazer muitas recompensas. Uma delas é a sensação de estar fazendo algo significativo, que impacta positivamente a vida de outras pessoas. Além disso, a experiência de viver em uma comunidade ou lugar diferente e conviver com pessoas de outras culturas pode ampliar a visão de mundo e trazer aprendizados valiosos.
A importância de preparar e consagrar missionários
Para aqueles que desejam embarcar em uma missão, é importante buscar informações e se preparar da melhor maneira possível. Isso inclui escolher uma causa que esteja alinhada com seus valores e habilidades, estudar sobre o local e a cultura onde irá atuar, e buscar orientação e suporte do Ministério Jovem de sua Associação/Missão.
De acordo com o pastor Eduardo Batista, diretor do Ministério Jovem para Bahia e Sergipe, o projeto visa contemplar a formação de grupos de jovens voluntários para dedicar um ano da vida exclusivamente ao evangelismo e ao cumprimento da missão da Igreja Adventista. “Nosso objetivo é formar uma equipe por região, o que já vem se repetindo há alguns anos consecutivos, e neste ano mais uma vez temos sete equipes de aproximadamente 10 pessoas em cada uma deles. Esses 70 missionários estarão distribuídos em cada uma dessas equipes em uma das cidades dos territórios da Bahia e Sergipe", explica.
As cidades contempladas no Estado da Bahia foram: Salvador, Paulo Afonso, Eunápolis, Senhor do Bonfim, Ilhéus e Vitória da Conquista. No Estado de Sergipe, dois municípios fazem parte do projeto: Capela e Tobias Barreto. Além dos missionários voluntários aqui do Brasil, o projeto recebe também voluntários de fora do País, como é o caso da cidade de Vitória da Conquista, que terá um voluntário do Chile.
As equipes do OYiM tiveram o foco voltado ao treinamento que aconteceu de 5 a 8 de março, com uma consagração finalizada com uma Santa Ceia. Ao término do treinamento, as equipes foram para suas respectivas cidades para desenvolver atividades de cunho evangelístico em parceria com as igrejas locais e também para localidades sem presença adventista. “O objetivo é terminar este ano em missão no final do mês de novembro, tendo cumprido a ordem de Cristo de pregar o evangelho e fazer discípulos a fim de que eles sigam o Mestre” concluiu o pastor Eduardo Batista.
Para o pastor Denill Morais, diretor de jovens para Salvador e região metropolitana, a expectativa é que esses jovens vivenciem o real sentido da vida, que é amar e Deus a ao próximo. Ele é responsável pela equipe de Naiane e reforça o compromisso que esses jovens têm em suas mãos. “Meu desejo é que eles demonstrem esse amor através das muitas ações e atividades desempenhadas durante esse ano, e ao término do projeto continuem compartilhando esse estilo de vida com outros, aumentando ainda mais seu nível de influência, vivendo sempre para salvar do pecado e guiar no serviço”, destaca.
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