Diversas passeatas levaram os mineiros às ruas no mês de agosto. Há 20 anos a Igreja Adventista do Sétimo Dia promove a campanha Quebrando o Silêncio a fim de conscientizar e alertar a população para prevenir e denunciar todos os tipos de violência, principalmente, nas camadas mais vulneráveis da sociedade. Neste ano, o tema pautado é a violência psicológica. 

Em Belo Horizonte (BH) e região metropolitana, foram distribuídos nas ruas, semáforos, praças e escolas um total de 140 mil revistas e panfletos que servem de apoio para fortalecer o debate sobre o assunto. Em algumas igrejas, profissionais da área jurídica e psicológica palestraram para a comunidade e prestaram atendimento gratuito.

Elizabeth Torres é líder do projeto em sua igreja e conta que realizar a passeata na Comunidade Dandara, próximo ao bairro Nova Pampulha, foi uma oportunidade de conhecer melhor a comunidade e saber como ajudá-los. “Uma líder da comunidade disse que tem muita demanda de mulheres que estão em situação de violência e nós trocamos contatos para poder apoiar essas mulheres e prestar a ajuda necessária”, afirma. 

Além da passeata com o clube de Desbravadores local, a igreja de Elizabeth realizou um varal solidário e ofereceu quatro advogados para prestar aconselhamento gratuito. 

Já a região do bairro Havaí em BH foi prestigiada com uma motociata feita pelo clube Adventist Motorcycle Ministry (AMM). Cerca de 40 motociclistas foram às ruas para apoiar o projeto. Segundo o líder do grupo em BH, Ademilson Dias Duarte, a parceria com o projeto acontece há 6 anos e é uma forma de atrair pessoas para a mensagem principal. “As motos chamam atenção do pessoal da rua e isso dá uma abertura para levarmos a mensagem, entregar as revistas e conscientizar”, explica. 

Em Itabira, cidade a aproximadamente 109 km de BH, o projeto Quebrando o Silêncio vai desenvolver um trabalho junto à Justiça Estadual, nomeado  "Justiça  Restaurativa”. O objetivo é reintegrar o prisioneiro de baixa periculosidade na sociedade junto à família. Para  isso, serão feitas palestras, oficinas e acompanhamento profissional.

Maria da Penha Lucas é líder do projeto Quebrando o Silêncio na cidade e explica que também tem o plano de atender a Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) com ações da campanha.  “Com o projeto Quebrando o Silêncio a gente vai trabalhar com os prisioneiros por meio de oficinas e palestras. O importante dessa conscientização é que muitos deles praticam a violência doméstica e o nosso sonho é mudar essa realidade”, ressalta

A campanha também contou com distribuição do material nas casas, estações de ônibus e metrô, encenações sobre o tema em praças, feira de saúde e fanfarra com os Desbravadores.