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Garotas Brilhantes atende mais de 100 adolescentes em escolas públicas de Gravataí

O projeto, mantido pela ADRA, visa resgatar a autoestima feminina, autocuidado e preparar as estudantes para o mercado de trabalho


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Garotas Brilhantes (Foto: Divulgação)

O Garotas Brilhantes é um projeto mantido pela Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA Brasil) que atende meninas adolescentes de escolas públicas ou em situação de vulnerabilidade, entre 14 e 17 anos de idade.

A ação visa trabalhar aspectos importantes para o desenvolvimento humano, através de oficinas aplicadas por meio de dinâmicas e rodas de conversa, além de resgatar a autoestima feminina, autocuidado e preparar as estudantes para o mercado de trabalho.

Garotas Brilhantes com presentes do Sicoob. (Foto: Divulgação)

No último mês de junho, 100 meninas adolescentes que participam do Garotas Brilhantes de Gravataí, no norte do RS, foram convidadas pelo Sindimulher para um coffee break na instituição Sindilojas (Sindicato do Comércio Varejista de Gravataí) e para ouvirem uma palestra sobre gravidez na adolescência. Ao final do encontro receberam presentes da cooperativa de crédito Sicoob.

Vitória (à esq.) (Foto: Divulgação)

Vitória Perini (16), participa do projeto desde março deste ano, e já se sente muito beneficiada. Destaca que o projeto a ajudou em sua autoestima e a se sentir melhor consigo mesma. A ação também “me forneceu um curso de manicure e me proporcionou coisas incríveis para minha vida. Algo que vai me ajudar muito a crescer no futuro”, conta.

Vitória ainda enfatiza que a palestra sobre a gravidez na adolescência foi muito importante, “porque hoje muitas pessoas não têm conhecimento sobre isso e ele ter trazido essas informações nos ajudou muito.”

Para coordenadora do projeto em Gravataí, Marcelli Garcia, essa ação voluntária é mais que sua obrigação como cidadã. Ela ainda conta que já pensou que poderia mudar o mundo, mas que “hoje eu entendo que se eu puder transformar o mundo de uma única pessoa, já estou cumprindo meu propósito na terra.”

O projeto Garotas Brilhantes trabalha valores que englobam um projeto de vida e empreendedorismo. Capacitando as garotas para sua inserção e conhecimento do mundo acadêmico, projeção e preparação para uma carreira de trabalho, organização de currículos e encaminhamento para estágios.

As atividades são realizadas por voluntárias, psicólogos, psicopedagogos, assistentes e educadores sociais.

Marcelo, ginecologista e Marcelli, coordenadora do GB, ao centro, com voluntárias. (Foto: Divulgação)

Marcelo Leone, ginecologista e palestrante do dia, disse que o recado que veio trazer “é que elas evitem a gravidez não desejada. Que a adolescência seja um momento de crescimento pessoal, em que elas estudem e se preparem para a vida. Gravidez não é para adolescência. Temos números muito altos de gravidez na adolescência”, destaca.

Cerli em entrevista a Novo Tempo. (Foto: Divulgação)

Cerli Dal Santo, presidente do Sindimulher e vice-presidente do Sindilojas, acredita que essas meninas “são o futuro! Lá na frente elas farão o que nós estamos fazendo hoje. Para nós, é muito gratificante.”

Em Gravataí, participam do projeto duas escolas estaduais, Polivalente e José Maurício, totalizando 100 alunas.

No Brasil

O projeto voluntário surgiu em São José do Rio Preto/SP em 2014, pela idealizadora Neuza Ferraz. Em 2020, o pastor Daniel Fritoli trouxe o projeto para o Sul do Brasil, quando assumiu a diretoria da ADRA em Porto Alegre.

Hoje o Garotas Brilhantes está presente em 8 municípios do Rio Grande do Sul: Taquara, Gravataí, Alegrete, Novo Hamburgo, Cachoeirinha, Passo Fundo, e no sul do Rio Grande e zona norte de Porto Alegre.

Segundo o pastor Daniel, o projeto tem intuito de se tornar uma marca a nível nacional para captar recursos e estender o projeto a mais lugares, uma vez que depende de voluntários e doações para se manter.

Seu maior desejo e objetivo com o avanço do projeto, “é que elas se sintam motivadas e capacitadas a serem protagonistas da sua história. Que possam ser conscientes dos seus direitos e capazes de decidir o próprio futuro. Que concluam o ensino médio e façam uma faculdade, sejam inseridas no mercado de trabalho e só assim então poder decidir ser mãe por vontade própria”, encerra.

ENCONTRE A UNIDADE MAIS PRÓXIMA ATRAVÉS DO INSTAGRAM OFICIAL @garotasbrilhantes.rs